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17 de agosto de 2013

As verdadeiras histórias dos filmes da Disney!

Os contos de fadas representados em filmes da Disney são até hoje os preferidos de crianças (e até adultos) que cresceram conhecendo e acompanhando essas histórias. Caracterizados por personagens que sofrem ou passam por algum obstáculo até chegarem ao final feliz, eles são originários de contos da Europa do século XIX.
Só que esses contos de fadas não foram criados originalmente do jeito que conhecemos hoje. Não é possível saber exatamente de onde vêm essas histórias - muitas devem ter origens em fatos reais, mas, como eram passadas no "boca a boca", de geração para geração, tiveram registros e detalhes perdidos no tempo.
Porém, alguns dos contos mais famosos têm versões originais publicadas por alguns autores, que posteriormente foram modificadas por outros escritores e finalmente adaptadas pela Disney. Conheça as "verdadeiras" histórias de sete filmes famosos da Disney:

Cinderela
Qual é a história original? Cinderela vivia com seus pais até que a mãe adoece. Em seu leito de morte, ela diz à filha para plantar uma árvore em seu túmulo, e, sempre que precisasse de algo, fosse chacoalhar a árvore. Cinderela obecedeu e regou a árvore com suas lágrimas.
O pai se casou novamente e Cinderela ganhou uma madrasta e duas irmãs más. Um dia, o rei anunciou não um, mas três bailes. No primeiro baile, Cinderela não pode ir porque tinha que separar lentilhas. Dois pássaros se ofereceram para ajudá-la, mas não deu tempo. No segundo dia, ela tinha que separar sementes. Os pássaros voltaram para ajudá-la e a aconselharam a ir chacoalhar a árvore. Ela foi e ganhou um vestido prata e acessórios! Quando voltou para casa, uma carruagem a esperava.
No baile, o príncipe dançou com ela e se apaixonou. Cinderela saiu correndo e voltou para casa antes da meia noite. No terceiro baile, ela devia separar ervilhas novamente, e novamente ela teve ajuda dos pássaros e de sua mãe. A árvore lhe deu um vestido dourado e sapinhos de ouro! O príncipe, dessa vez, a esperava na escadaria e se mostrou interessado. Mas Cinderela perdeu a hora e teve que sair correndo, perdendo seu sapatinho. Ela também perdeu a carona e ficou no meio da rua com sua roupa surrada.
No dia seguinte, o príncipe começou a procurar a dona do sapatinho. Na casa de Cinderela, a madrasta mandou que as irmãs dela cortassem os pés para que o sapato coubesse! A irmã mais velha cortou os calcanhares, mas os pássaros denunciaram que havia sangue no sapato. A mais nova cortou os dedos, e os pássaros denunciaram também. Finalmente, Cinderela colocou o sapato e o príncipe a reconheceu. No casamento deles, as irmãs invejosas têm seus olhos bicados pelos pássaros e ficam cegas.
Qual é a origem da história? A história da Cinderela é muito antiga - tem uma versão grega de antes de Cristo e até registros na China no século IX. Existem muitas versões (por exemplo, uma em que o próprio pai quer casar-se com ela e uma em que Cinderela faz um pacto com o diabo). A versão acima é dos Irmãos Grimm, e a versão usada pela Disney (no filme de 1950) é de Charles Perrault.
A Bela e a Fera
Qual é a história original? Bela tem duas irmãs e três irmãos. Quando o pai viaja, as irmãs pedem que ele traga coisas caras, mas Bela pede apenas uma rosa vermelha. Ele entra em um castelo, rouba uma rosa e Fera aparece. Furioso, ele diz que só perdoará o homem se ele lhe trouxer uma de suas filhas.
Bela vai para o castelo de Fera e acha que será devorada, mas ele a trata como uma princesa e ainda deixa seu pai levar dois baús cheios de riquezas. Toda noite ele a pede em casamento e ela recusa. Um dia, Bela pede para visitar seu pai. Fera concorda, desde que ela volte em até dois meses, caso contrário ele morrerá. Em sua casa, ela sonha que a Fera está morrendo e volta imediatamente ao castelo. Quando chega, vê que ela realmente estava morrendo e diz que a ama. Fera acorda, pede Bela em casamento e, dessa vez, ela aceita. Nesse momento, a Fera se transforma em um lindo príncipe.
Qual é a origem da história? É de autoria de Andrew Lang e foi escrita em 1889. A versão da Disney (do filme de 1991) muda alguns detalhes e incorpora objetos mágicos na história. Há ainda outra versão em que a Fera tem a imagem de uma cobra.

A Bela Adormecida
Qual é a história original? A princesa, que se chama Tália, morre imediatamente depois que uma farpa de linho entra sob sua unha. Seu pai, o rei, a coloca em uma cadeira no palácio e vai embora para sempre, para esquecer a dor. O tempo passa e outro rei que andava por ali vê Tália e se apaixona por ela. Ele não consegue acordá-la e a estupra! Nove meses depois, nascem gêmeos, e Tália continua adormecida. Um dos gêmeos, sem conseguir achar o seio da mãe para mamar, acaba sugando seu dedo, retirando a farpa e acordando a princesa.
Algum tempo depois, o rei volta a ver sua amada. A esposa dele descobre e manda cozinhar os filhos bastardos, mas o cozinheiro coloca carne de cabrito no lugar. A rainha ainda tenta jogar Tália ao fogo, só que o rei lança a própria esposa no lugar dela. Assim, Tália, o rei e os gêmeos vivem felizes para sempre.
Qual é a origem da história? A primeira versão foi um conto de Giambattista Basile, chamado "Sol, Lua e Tália". Esse conto foi o que inspirou Charles Perrault a escrever a história que você leu acima, chamada "A Bela Adormecida". O conto de Perrault foi o que inspirou os Irmãos Grimm a criar a história que conhecemos pelo filme da Disney, lançado em 1959. E o nome Aurora foi invenção de Tchaikovsky, que compôs o balé de A Bela Adormecida em 1888 (Aurora era o nome de sua mãe).

Pequena Sereia
Qual é a história original? A Pequena Sereia é a mais nova das seis filhas do Rei dos Mares. Quando elas completam 15 anos, são autorizadas a ir à superfície. Lá, ela se apaixona por um príncipe e o salva quando o navio em que ele estava afunda.
Ariel procura a bruxa do mar porque quer ganhar pernas. A bruxa diz que pode fazer esse feitiço, mas terá efeitos colaterais: ela perderá a voz, sentirá dor como se estivesse pisando em facas e, se o príncipe não se casar com ela, Ariel se transformará em espuma do mar.
Depois do feitiço, ela encontra o príncipe. Só que ele passa a ter um amor fraternal por ela, não um amor apaixonado. Ele confunde uma princesa de um reino próximo com a mulher que o salvou e se casa com ela. As irmãs da sereia dão seus cabelos para a bruxa para tentar salvar Ariel. Em troca, ela dá uma faca que, se cravada no coração do príncipe, faz com que Ariel volte a ser uma sereia de novo. Mas ela não tem coragem de matá-lo e termina como espuma do mar.
Qual é a origem da história? Foi escrita por Hans Christian Andersen em 1837. É a mesma versão usada pelo filme da Disney (1989), que apenas fez modificações.

Branca de Neve
Qual é a história original? Branca de Neve tem 7 anos quando a madrasta, com inveja de sua beleza, manda que o caçador a leve para a floresta e a mate. Mas ele fica com dó, deixa a garota fugir e leva órgãos de um javali para que a madrasta pense que ela está morta.
Branca de Neve encontra a casa dos sete anões e eles deixam que ela fique lá, desde que lave, passe, arrume e limpe a casa. O tempo passa e a madrasta descobre que Branca de Neve continua viva. Então, ela faz três tentativas de matar a garota: a primeira, com um corpete de seda amarrado bem forte. A segunda, com um pente de cabelo envenenado. E a terceira, com uma maçã envenenada, finalmente funciona.
Os anões não têm coragem de enterrar Branca de Neve e fazem uma cripta de vidro para ela. Um príncipe que passava por lá viu a cripta e quis comprá-la. Os anões não quiseram vender, mas, vendo que o príncipe gostou tanto de Branca, ficaram com pena e deram para ele. Quando os empregados dele carregavam a cripta, deixaram que ela caísse. Na queda, Branca de Neve cospe o pedaço de maçã que estava engasgado e volta à vida.
A madrasta má é convidada para o casamento, sem saber que a noiva é Branca de Neve. Ela pergunta sobre sua beleza ao espelho e descobre que Branca ainda está viva, mas decide ir à festa mesmo assim. Lá, os anões colocam um par de sapato na brasa e depois vestem na madrasta, que é obrigada a dançar até a morte.
Qual é a origem da história? Quem escreveu a história foram os Irmãos Grimm, mas eles se inspiraram na história que ouviram de duas irmãs, Jeannette e Amalie Hassenpflug. O filme da Disney, de 1937, faz algumas adaptações, mas mantém os pontos principais.

Rapunzel
Qual é a história original? Rapunzel era o nome de uma planta, e a mãe dela teve desejo desse vegetal na gravidez. O pai entrou em um jardim proibido para procurar a planta, só que uma bruxa má o encontrou. para deixá-lo ir embora, ela exigiu que, em troca, ele lhe entregasse sua filha.
A bruxa dá à criança o nome de Rapunzel e a cria muito bem até os 12 anos. Quando chega a essa idade, ela é levada para uma torre. O cabelo de Rapunzel, que nunca tinha sido cortado e estava sempre trançado, servia para que a bruxa conseguisse subir. Ela gritava "'Jogue suas tranças de ouro Rapunzel" e a menina obedecia.
Um dia, um príncipe ouve Rapunzel cantando e fica apaixonado. Ele faz exatamente igual a bruxa para subir à torre. Eles se apaixonam e começam a se encontrar. A garota acaba engravidando e a bruxa descobre. Como castigo, ela corta as tranças de Rapunzel, a expulsa da torre e a larga sozinha em um deserto. Quanto ao príncipe, a bruxa joga as tranças de sua amada para que ele suba, e, quando ele consegue, ela o atira do alto da torre. O príncipe cai em um espinheiro, fura os olhos e fica cego.
Mesmo assim, o príncipe e Rapunzel acabam se encontrando, pois ele é guiado pela música que ela canta. As lágrimas de Rapunzel curam a cegueira do príncipe e eles vivem felizes para sempre longe da bruxa.
Qual é a origem da história? A história acima foi escrita por Charlotte-Rose de Caumont de La Force e publicada em 1698. Os Irmãos Grimm fizeram a versão mais conhecida em 1812. A Disney fez suas adaptações e lançou a história de Rapunzel no cinema como "Enrolados" (2010).

Os Três Porquinhos

Qual é a história original? A história dos três porquinhos que constroem casas diferentes é mantida. A diferença é que, nessa versão, o lobo come os dois primeiros porquinhos. Quando o lobo invade a casa do terceiro porquinho, pela chaminé, ele cai em um caldeirão com água fervendo e morre. O pouquinho sobrevivente cozinha o lobo e o faz de jantar.
Qual é a origem da história? Sabe-se apenas que foi escrita em 1890 por Joseph Jacobs. O filme da Disney data de 1933.

11 de agosto de 2013

Vida de plástico?

Ao longo dos anos, os valores sociais estão cada vez mais exigentes e uniformes, tornando-se verdadeiros padrões ditatoriais, físico, sentimental e social.

Pelo "padrão" físico, as pessoas devem ter um corpo esbelto, no sentido de perfeição mesmo: sem nenhum quilo a mais, pele lisa, cabelo maleável, macio e sedoso, sorriso perfeito e branco, barriga chapada, peito, coxa e bundas grandes (no caso das mulheres) e barriga tanquinho, braços definidos, sem muitos pelos no tórax e barba por fazer, no caso dos homens.... e o principal, deve ser inodoro (sem nenhum cheiro natural, no máximo exalando a desodorante, colônia e perfume), entre outros padrões.¹



No "padrão" sentimental, que inclui o social também, alguém deve conhecer alguém, do sexo oposto, com o homem sendo o mais velho, mas não tão mais velho, mais alto e com o mesmo padrão físico. Deve casar-se com essa pessoa, com direito a festa e todo o requinte possível, para exalar a mais pura felicidade, ter dois filhos, viajar todo ano para a praia ou o exterior. Ter um bom emprego, pós-graduação, uma casa de tamanho regular e um animal, pode ser cachorro ou gato. E ter no mínimo 10 amigos em que se deve ter vida social intensa. Tudo isso antes dos 30 anos. 
E se está solteiro (a) ainda, é hora de "procurar" o seu "amor" nas festas, para isso há um trecho que encontrei na Internet, de Frederico Elboni, que traduz bem este costume: "você chega na balada e observa que metade das mulheres estão com um vestido de elástico, já a outra metade está com uma regata branca ou top e por cima uma blusa fina, junto com uma saia alta embalada a vácuo ou short customizado (...)Mas até aí tudo bem pois o uniforme faz parte. Não muito distante disso você vê alguns homens com uma camisa polo com “número 43” nas costas e um cavalo gigante no peito (...) alguns gastando dinheiro que não tem, outros gastando por gastar (...)Culturalmente instruídos a sempre segurar um copo na mão seguimos o nosso caminho em busca de algo que no fundo não sabemos se realmente faz sentido (...)." ²



Ou seja, a sociedade "quer" que sejamos verdadeiras Barbies e/ou Kens, que tenhamos a vida dos sonhos, perfeita, sem conflitos, problemas e brigas e que sejamos jovens e lindos(as) para o resto da vida.
"Cada vez mais as pessoas têm a necessidade de mostrar ser uma coisa que não são, e principalmente terem seu ego exaltado.", diz Elboni no seu texto.
Uma das principais causas deste comportamento e "cobrança" social é o capitalismo, as pessoas estão virando moldes e sendo induzidas a procurar este estilo de vida "ideal". Fenômeno que tanto a publicidade, quanto a mídia colabora, vendendo produtos e serviços a favor da beleza, sites de relacionamento, novelas com finais felizes e casais do mesmo padrão e "personalidades" que exibem lindos corpos, casamentos perfeitos e exalam felicidade pelas ventas (mas será que elas são felizes assim mesmo ou é mera impressão, fachada? ....); programas que prometem dinheiro fácil, jogadores de futebol que ganham milhões facilmente, músicas com apelo sexual e de vida regada à felicidade e bebidas alcoólicas, etc.
Antonio Araújo, do blog Jovens Ideais, afirma que"por sermos um molde do capitalismo, somos tratados como peças; manipulados como bonecos; como robôs controlados, às vezes obrigados a seguir preceitos contrários aos nossos ideais de vida.  Tudo em troca de um determinado valor que recebemos", ou seja, se alguém consegue realizar ela acredita que tem certo "valor ou prestígio na social".

Como consequência disto, têm-se a procura insaciável por cirurgias e tratamentos estéticos, academias, alguns, estudo e mais estudo e idas frequentes à balada ou algum programa social para encontrar o "amor verdadeiro da vida toda". 



Se algum desses padrões não é conquistado, há a frustração, porém, como se pode analisar nos meios de comunicação e nas redes sociais, não se deve transparecer, deve-se aparentar que está tudo "ok", tudo nos conformes (sociais, não os da pessoa). Por isso, há "criações" de personalidades nos sites de relacionamentos, principalmente o Facebook, e na mídia, como citado anteriormente.


Com base em toda essa análise, fica a reflexão: aonde vai parar essa cobrança? Será que você quer ser um clichê ambulante, molde da sociedade, ou um ser humano: com sentimentos, problemas, um corpo natural (o SEU corpo), relacionamentos de verdade (tanto de amizades, como o amoroso)?

Fica a dica: aceitar que você não tem a OBRIGAÇÃO de seguir todos os padrões já é meio caminho andado para a satisfação pessoal, pode-se dizer, para ser feliz. Tente fazer o seu máximo de acordo com as suas vocações. Ninguém, por melhor que seja, consegue agradar a todos.


Natassia


PS:
1. Um texto bem interessante sobre os cheiros que exalamos naturalmente e a ditadura do corpo de plástico, principalmente da mulher, pode ser encontrado aqui.
2. Outro texto bem interessante sobre as relações amorosas artificiais, pode ser encontrado aqui.
3. O texto completo sobre a balada, de Frederico Elboni pode ser encontrado aqui.
4. O texto está sujeito a alterações, posteriormente, para futuras revisadas.

10 de agosto de 2013

Psicologia por trás do sucesso de jogos como 'Candy Crush'



Sobre o tabuleiro se pode ver dezenas de doces diferente. A tarefa é juntar os que tem a mesma cor, mas há obstáculos e truques para conseguir ao longo dos 400 níveis. Muitos passam incontáveis horas jogando e alguns chegam a gastar centenas de dólares com isso.
Candy Crush Saga, o jogo mais popular da história do Facebook, é jogado mais de 600 milhões de vezes por dia, por 50 milhões de usuários.
Ele apareceu no vídeo mais recente do famoso cantor sul-coreano Psy, foi o jogo mais baixado em dispositivos Apple e Android nos últimos meses e, para milhares que se manifestam em blogs e redes sociais, é um vício irresistível.
Há quem afirme que seus antecessores são Tetris e o jogo da cobra dos celulares Nokia, mas seu parente mais próximo é Bejeweled, de 2001, que consiste em ordenar diamantes da mesma cor.
Lançado em novembro de 2012 e desenvolvido pela empresa King, o Candy Crush Saga gera mais de US$ 600 mil (R$ 1,3 milhão) ao dia - segundo dados não oficiais - através das 'ajudas' que os usuários podem comprar para passar de níveis mais difíceis.
Os criadores insistem que é possível completar o jogo sem pagar nada, mas acredita-se que as ferramentas sejam fonte de milhões de dólares para a empresa, que não revela números.
Como em muitos jogos do tipo, a tarefa do Candy Crush parece simples: ordenar os elementos e passar de nível. No entanto, ele é feito com características diferentes para estimular o vício nos jogadores.

Tarefas incompletas

Para o professor de psicologia e ciências cognitivas Tom Stafford, da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, o vício em Candy Crush se relaciona a um fenômeno psicológico chamado efeito Zeigarnik.
O psicólogo russo Bluma Zeigarnik dizia que os garçons costumam ter uma memória impressionante para lembrar dos pedidos, mas só até que os cumprem. Uma vez que a comida e a bebida são levadas até a mesa, eles se esquecem completamente de algo que sabiam momentos antes.
'Zeigarnik deu nome a todos os problemas em que uma tarefa incompleta fica fixada na memória. E Candy Crush gera uma tarefa incompleta', disse Stafford à BBC.
Cada tabuleiro - ou cada nível - é uma tarefa que o jogador sente a urgência de resolver, como acontece com jogos de perguntas ou dúvidas que aparecem em uma conversa e que é preciso ir à Wikipedia imediatamente: a pessoa não descansa até que saiba a resposta.
Mas o Candy Crush dá aos jogadores cinco vidas por nível e, se elas acabam, é preciso esperar 30 minutos para voltar a jogar. É meia hora durante a qual o problema fica sem resolução.
'A lógica dos 30 minutos reforça a psicologia de que você tem que jogar todos os dias', afirma Jude Gomila, da consultora de videogames Heyzap.

Hospedagem no Facebook

O jogo é hospedado pelo Facebook, o maior site de rede social do mundo, mas também está em todos os dispositivos da Apple ou com sistema Android, o que permite parar de jogá-lo em uma plataforma e retomá-lo em outra.
Por isso, muitos o defendem com o argumento de que '(o jogo) nunca te deixa sozinho'. 'É o primeiro jogo que realmente interconecta diferentes plataformas. Se você fica sem bateria no iPad, pode ir para o celular e, se cansa do celular, pode ir ao computador', diz Gomila.
Os jogadores podem compartilhar não somente seus resultados no Facebook, mas também ferramentas e vidas. Assim que a pessoa publica seus resultados, pode ver a comparação entre seu progresso e o de seus amigos na rede social.
'Não há nenhum prêmio neste jogo além da satisfação de suspeitar que suas habilidades para juntar doces são maiores que as dos seus amigos', diz o crítico cultural June Thomas, da revista eletrônica americana Slate.
O vício em Candy Crush deu origem a uma série de piadas na internet, mas os diversos casos nos últimos anos de adolescentes que morreram após longas jornadas de uso de videogames provam que a ludomania (vício em jogos) é um problema sério.
Nas redes sociais já circulam fotos de um suposto centro de reabilitação para viciados em Candy Crush - uma piada que diz muito sobre o alcance do fenômeno.

Fonte: Uol Noticias - 07.08.13