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29 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 40

40-Uma música que você considera complexa

Legião Urbana - Índios

A letra desta música é bem complexa:


Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim

E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui

28 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 39

39-Uma música que seja difícil de reproduzir (não estou falando de apertar o play)

System of a down - Wake up

Já vi gente que tentou tocar ao vivo e não saiu perfeita. É uma música difícil de se tocar.

27 de fevereiro de 2016

Álbuns conceituais: a música contando histórias

Músicos também são escritores bastante peculiares, não apenas os letristas como também os compositores, já que letra e música se unem para dar vida a o que algumas pessoas podem considerar um tipo diferente e interessante de gênero literário. Quantas vezes a musica já serviu para substituir a leitura, e vice-versa?
Me animei muito desde que descobri que existem sim, evidências de que a musica pode muito bem ser vista como um instrumento contador de historias sem que muita gente perceba isso, ao contrario do que acontece nos musicais da Broadway, por exemplo: chamam-se álbuns conceituais.
Caso não saiba, álbuns conceituais são álbuns de artistas ou bandas em que todas as faixas contribuem entre si para retratar um único tema, geralmente contando uma história criada e desenvolvida pelos artistas que fizeram o álbum e que ocasionalmente exprimem críticas e reflexões sobre temas sociais, políticos, religiosos e econômicos diversos. Ou seja, ao colocar o álbum para tocar, muitos irão apenas curtir o som da musica como fariam com qualquer outro CD, mas se prestarem um pouco mais de atenção nas letras e instrumentos, verão que a medida que cada faixa vai passando, uma única historia está sendo contada/construída girando em torno de um tema específico. Uma historia que pode vir com tudo que tem direito: personagens, clímax, desfecho, etc. Alguns álbuns conceituais são mais explícitos do que outros, mas todos tornam-se únicos e geralmente são aclamados pela crítica e pelo público, e seu sucesso perpetua por gerações.
Resolvi fazer uma lista com exemplos e análises de alguns dos alguns conceituais que escuto, eu diria que todos bem conhecidos, para explorar melhor esse fato. Clicar aí embaixo pra ver o Top dos 10 melhores!
10) “Mylo Xyloto” – Coldplay (2011)Mylo Xyloto Fã obcecado da banda como eu sou, devo admitir que esse não é nem de longe a “obra prima” deles, mas com certeza é um álbum muito divertido e interessante de se escutar. Juro que se o Chris, vocalista da banda, não tivesse dito numa entrevista que se tratava de um álbum conceitual, eu não teria percebido tão cedo, tamanha é a vibe que te prende ao ouvir as musicas. Comecei a suspeitar quando vi que a letra de “Paradise” se encaixava com a de “Charlie Brown” e que essa ultima (por sinal a melhor do álbum) não fazia muito sentido sozinha, cheia de metáforas e referências escondidas. Pois bem, essa é a arte do álbum – te fazer montar lentamente a historia ao encaixar uma musica na outra: é uma historia de amor, onde “Mylo” e “Xyloto” podem ser os nomes do casal protagonista, que se apaixonam tentando escapar do ambiente opressivo e distópico em que vivem (ao julgar pelo som e composição do álbum, com instrumentos pesados e tecnológicos, provavelmente uma sociedade futurística). Os acontecimentos em si ficam abertos a interpretações, ja que as musicas seguem apenas as causas e consequências dessa fuga: a sensação de estar perdido, de querer liberdade, de amor novo e proibido, que no final vencerá todos os obstáculos.
9) “Jagged Little Pill” – Alanis Morissette (1995)Jagged Little Pill Com certeza o mais famoso e renomado da cantora, esse é mais abstrato já que não conta historias ou sequer acontecimentos de uma forma linear em suas letras. O truque é outro, e funciona assim: se alguém resolvesse narrar a trajetória de um infeliz indivíduo que está começando a experimentar a a vida adulta e a realidade surpreendente, bagunçada, injusta e dolorosa que a cerca, cada musica provavelmente se encaixaria em um ponto dessa historia, como se todas as letras das canções fossem parte de um diário onde essa pessoa escreve suas constantes dificuldades e reflexões, de um modo direto, não-censurado e cruelmente honesto. As emoções variam desde a felicidade e ingenuidade, gerando uma sensação de liberdade e altas expectativas, até a traição e a depressão – criando um retrato altamente identificável da vida, comprimido em uma “pequena e denteada pílula”. Provavelmente essa será a técnica usada quando o musical inspirado no álbum chegar aos palcos da Broadway, como a própria cantora já confirmou, e talvez teremos a chance de ver toda a essência do CD ser retratada no desenrolar de uma verdadeira historia.
8) “The Black Parade” – My Chemical Romance (2006)The Black Parade Aqui, percebe-se claramente e sem muito esforço o modo como todas as canções se unem violentamente já que tudo é retratado mais abertamente, e nem mesmo o som ensurdecedor do rock consegue abafar as inteligentes e até emocionantes letras que compõem o álbum, uma espécie de ópera rock genialmente escrita. As faixas acompanham os últimos momentos de vida de um paciente com câncer, que na maca do hospital presencia a morte vir buscá-lo em forma de um grande e majestoso desfile (black parade). O Paciente então passa por uma experiência de “pós-vida”, onde as canções retratam os acontecimentos, memórias e reflexões boas e ruins feitas por ele sobre a vida que deixava para trás – incluindo traumas, paixões, arrependimentos e saudades. O álbum teve um impacto enorme para a banda, que encarnava a homônima “black parade” durante as performances ao vivo, proporcionando um show de ar verdadeiro, teatral e reflexivo, ainda que sombrio. Muitos críticos também notam a espécie de “intertextualidade” desse álbum com o trabalho de outros artistas famosos, como Pink Floyd, Freddie Mercury, David Bowie e os Beatles. É o tipo de álbum que daria uma estrondosa adaptação cinematográfica. Curiosidade: o videoclipe da musica “Welcome to the Black Parade” resume a historia do álbum completo.
7) “Back to Basics” – Christina Aguilera (2006)2006 - Back To Basics É dificil resumir toda a engenhosidade que Christina usou na criação desse álbum, que foi um marco na carreira talvez até difícil demais de ser superado. Cansada da situação da indústria musical atualmente, cheia de tecnologia e artistas fabricados, a cantora resolveu trabalhar com inúmeros produtores conhecidos para construir essa obra prima em cima de musica que realmente tem alma: o jazz, o blues e o soul, trazendo um toque moderno que deu mais do que certo, colocando o pop, o R&B e até o hip hop no jogo. Ouvir ao Back to Basics completo é uma experiência única: uma verdadeira viagem ao universo das musicas que imortalizaram vários artistas (Billie Holliday, Etta James, Aretha Franklin, Stevie Wonder, Ella Fitzgerald…) e inspiraram vários outros, talvez o estilo de musica mais audivelmente bonito e inspirador que existe até hoje, tudo guiado pelo estrondoso e incomparável vozerão de Aguilera. Para gravar o disco de 21 faixas, a cantora usou técnicas para deixar o trabalho ainda mais real, como o emprego em massa de trompas, pianos e gravações ao vivo em microfones antigos. O álbum ganha mais e mais vida a medida que as canções vão passando, conversando umas com as outras, a maioria das letras inspiradas pelo casamento e relações familiares e profissionais da cantora, tudo isso contribuindo para dar ao CD uma estrutura única, como se tivesse corpo e mente.
6) “Supermodel” – Foster the People (2014)Supermodel O mais recente da lista, dando espaço a um estilo musical cada vez mais comum: o indie rock. Esse álbum, tanto no arranjo instrumental quanto ao conteúdo das letras e temas retratados, derivou bastante da estreia da banda com o estrondoso e eletrônico Torches. Já pelo título é possível deduzir a ideia do álbum: uma crítica ao consumismo exagerado, negatividade, depressão e falsidade gerado pelo capitalismo e pela cultura popular moderna. Foi descrito pelo vocalista da banda como “uma conversa com Deus”, o que é uma descrição bastante apropriada já que todas as canções são como vozes de personagens gritando por ajuda ao questionar e criticar atitudes do mundo capitalista globalizado: “eu sou mesmo o que quero ser?” “Quem são meus verdadeiros amigos?” “Porque realmente estou fazendo isso?” “Quantas curtidas ou retweets ganhei com essa postagem?” “Quantos seguidores tenho, e porque isso importa tanto?” “Como devo sair de casa hoje?”. O álbum consegue realizar o incomum truque de misturar letras raivosas, violentas e sombrias com um som animado e extremamente diversificado ritmicamente, o que o torna ainda mais interessante. É mais reflexivo, natural e íntimo do que seu predecessor, o que, pelo menos para mim, é uma mudança positiva hehuehuehe.
5) “Animals” – Pink Floyd (1977)pink_floyd_animals Chegamos a um ponto delicado da lista, pois quando estamos falando de álbuns conceituais, não tem pra ninguém: Pink Floyd é quem reina. Inspirado em um livro que já comentei e analisei aqui, que é A Revolução dos Bichos (Animal Farm) do George Orwell, esse álbum em particular pode ser MUITO difícil de se escutar: apesar de ter 40 minutos de duração total, ele só tem 5 faixas. Daí você adivinha: musicas se estendendo de 10 a 20 minutos, o que é algo arriscado e ao mesmo tempo envolvente de se fazer. O mais peculiar aqui são as letras das musicas: elas comparam a sociedade a animais, com uma diferença essencial da fábula de Orwell: lá, tínhamos uma crítica ao Stalinismo, enquanto o Pink Floyd titica o lado ruim do capitalismo e a degradação das classes sociais que ele afeta, notavelmente na Inglaterra dos anos 70. A ideia gira em torno de três animais: os implacáveis porcos (governantes), os combativos cachorros (classe trabalhadora) e o estúpido rebanho de ovelhas (proletariado), só que dessa vez a banda apóia o desfecho em que as ovelhas vencem os porcos.
4) “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars” – David Bowie (1972)The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from 1 Apenas mais um exemplo de toda a criatividade e originalidade do Bowie compactadas em um álbum, que conta a história de um alienígena bissexual chamado Ziggy Stardust, apenas um dos vários alter-egos criados pelo cantor, que vem para salvar a Terra que seria destruída em cinco anos devido a escassez de recursos naturais e acaba formando uma banda chamada “The Spiders from Mars”. Ele se torna uma estrela e acaba cedendo aos exageros do Rock n’ Roll, culminando com seu suicídio. Na época de seu lançamento, o álbum gerou muita polêmica e chegou a ser censurado devido aos rumores em torno da sexualidade do próprio Bowie e aos temas explícitos de exploração sexual e crítica social retratados pelo personagem, que representava o típico rockstar: promíscuo, drogado, mas com uma mensagem forte de esperança e amor para transmitir aos fãs que inspira, e o som do álbum reflete perfeitamente esse clima. Hoje é lembrado e preservado como um dos melhores e mais influentes álbuns da história, assim como tudo que o Bowie faz… Curiosidade:inicialmente, a ideia de Bowie seria que o álbum servisse de trilha sonora para algum filme/série de TV contando a historia do personagem, e várias musicas criadas para esse álbum foram descartadas e reapareceram só depois no catálogo de Bowie em outros de seus álbuns.
3) “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” – The Beatles (1967)Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band Sem dúvida um dos maiores clássicos de toda a história da música, já muitas vezes apontado como “o melhor álbum de todos os tempos” (tal coisa não existe, mas ok) e como a obra-prima dos Beatles. Foi esse disco que abriu o caminho para os álbuns conceituais e redefiniu o som da banda, e hoje tantos mitos se formaram em torno dele que cada um pode ter uma interpretação diferente. Sabe-se que Paul MacCartney deu a ideia de criar quatro personagens, um para cada membro da banda, como novos “alter-egos” que formariam uma banda fictícia, e os Beatles encarnariam tal banda para criar o CD. Isso era um meio criativo que permitiria que eles experimentassem técnicas, instrumentos e composições novas do que estavam acostumados a tocar e ouvir na época. A ideia deu certo: surgiu a “Banda dos Corações Solitários do Sargento Pimenta”, integrada pelos personagens exagerados e coloridos dos Beatles, os quais eles interpretavam em quase todas as suas aparições públicas dessea época. O conceito original do álbum seria transportar-nos para um show exclusivo dessa banda fictícia que parecia tão diferente dos Beatles, como introduzido na faixa-título. Porém, a ideia aparentemente foi abandonada depois de algumas faixas pois a maioria das musicas criadas se mostrava ineficiente de seguir um raciocínio único, mas o uso desse quadro geral, a impecável sonoridade, coesiva estrutura e cuidadosa organização das faixas, junto às infalíveis composições Lennon-McCartney, fizeram com que o álbum fosse aclamado como um divisor de águas da criação de álbuns conceituais, mesmo com sua diversidade temática. Curiosidade: a famosíssima e genialmente elaborada capa do álbum retrata os quatro integrantes da banda fictícia (Os Beatles vestidos de sargentos) cercados por celebridades que representariam uma plateia para o show, e cada rosto ali tem um significado. Para evitar polêmicas, os artistas teriam que dar permissão para que sua foto fosse usada, e muitos rostos inicialmente planejados a integrar a plateia não estão na versão final, como Jesus Cristo, Ghandi e Hitler.
2) “American Idiot” – Green Day (2005)American Idiot É quase sendo comum o fato de que até hoje o Green Day não conseguiu superar seu o maior sucesso. Aqui temos mais um exemplo de ópera rock, violentamente escrita para nao só alfinetar, mas colocar no fogo inúmeros valores e costumes da sociedade americana, particularmente durante governo do presidente George Bush, justificando as controvérsias e censuras geradas em torno da banda nessa era. A banda ja firmou que criar esse álbum foi uma típica atitude americana: comentar e protestar. A historia por trás das faixas, que já foi adaptada para os palcos da Broadway com a supervisão da banda e obtendo muito sucesso, segue a trajetória do anti-herói central, chamado Jesus of Suburbia. Movido pelo ódio que nutre da cidadezinha corrompida em que vive e da sociedade que lá habita, ele abandona a periferia em direção a cidade grande. A partir daí, outros personagens são introduzidos, como St. Jimmy, um rebelde lutador da liberdade e a misteriosa e quase anônima Whatsername, uma figura de “mãe da revolução” e uma potencial arqui-inimiga de St. Jimmy que logo encanta Jesus, evidenciando o contraste principal do álbum: ódio VS amor. Os acontecimentos se desenrolam a partir daí, levando o protagonista a ter que esconder qual caminho quer seguir: o da raiva cega e da auto-destruição, ou o do amor, da caridade e da esperança. Escutando o álbum completo, percebe-se que o personagem St. Jimmy, ao cometer suicídio metaforicamente, se revela como apenas uma parte do próprio Jesus of Suburbia, alegando que ele finalmente conseguiu se desfazer dessa parte de sua vida. Logo depois, ele perde contato com a garota, ao ponto de não conseguir “nem mais se lembrar do seu nome”. Passando mensagens poderosas, o objetivo do álbum é que o ouvinte abra sua mente e enxergue as entrelinhas, já que tudo ali mostrado é na verdade um retrato da situação americana contemporânea, das regras injustamente impostas e dos conflitos desastrosos gerados por decisões erroneamente tomadas, tudo contribuindo para uma alienação do povo. Esse disco também gerou alguns dos mais imortais hits do Green Day, como a propria American Idiot, Boulevard of Broken Dreams e (minha preferida) Wake Me Up When September Ends, apesar de ser um trabalho que vale muito mais a pena se escutado em conjunto e do começo ao fim. Curiosidade: a icônica capa do álbum foi criada a partir do trecho “And she’s holding on my heart like a hand grenade”, da faixa She’s a Rebel.
1) “The Wall” – Pink Floyd (1979)The Wall 1 E não tem jeito, voltamos ao Pink Floyd para fechar com chave de ouro. Não me matem por não ter colocado o Dark Side of the Moon na lista!!! Mas o primeiro lugar sempre foi (e sempre será) do The Wall, pois considero um exemplo mais do que perfeito para álbuns conceituais. O Pink Floyd não tem uma obra-prima por unanimidade: fica entre os quatro álbuns conceituais que desenvolveu, todos de importância e influência enormes para a historia da música. O exemplo mais polêmico de todos, o The Wall é uma verdadeira genialidade musical e criativa: a ideia surgiu durante a primeira grande turnê em estádios da banda, quando o baixista Roger Waters passou a se frustar tanto com o perceptível “tédio” ou falta de educação e respeito da platéia (ele chegou a cuspir na cara de um garoto) que ele constantemente se imaginava construindo uma parede entre a banda e o público. A ideia do álbum seria analisar essa separação psicológica pela qual os membros da banda estavam passando. O disco, outra ópera rock, conta a trágica historia do anti-herói Pink: sofrendo com a perda de seu pai na Segunda Guerra Mundial e sufocado pelos cuidados da mãe super-protetora e por uma vida escolar cheia de professores tiranos e até abusivos e de constantes sarros dos outros estudantes, ele lentamente constrói uma “parede” metafórica isolando-o do resto do mundo, na qual cada trauma e tormento de sua vida se torna um tijolo. Eventualmente, Pink se transforma numa estrela do rock e passa a ter a vida controlada por drogas, violência e infidelidade. Seu casamento desmorona e ele então se perde definitivamente na parede que construiu, sem contato algum com o mundo real. Passa a experimentar a loucura e as alucinações ao ponto de degradar seu próprio corpo e passar a se imaginar como um ditador nazista se apresentando em shows, maltratando e atormentando os fãs, até que a culpa o consome e ele se coloca diante de um júri, onde recebe o decreto de “derrubar a parede”. A ultima musica do álbum se intercala com a primeira, dando uma sensação de “ciclo completo” e de que a historia pode estar prestes a se repetir para sempre. O álbum se tornou um estrondoso sucesso para a banda, que também passou a dar uma atmosfera mais teatral aos shows na tentativa de transmitir as mensagens que desejavam, e que hoje é definido como uma das marcas registradas do Pink Floyd. Foi feito também um curioso filme com base no álbum que conta com pouco diálogo e tem como efeitos sonoros e narrativos da história as musicas do disco, misturando seqüências de animação e de atores reais. The Wall é extremamente metafórico e teatral, e chega a ser feio, agoniante, perturbador e doloroso de se escutar por fazer o ouvinte refletir sobre temas como a solidão, abandono, alienação e os limites entre sanidade e loucura. Mas, afinal, essa é a alma da obra: um clássico imortal para o mundo do rock que consegue causar impacto até demais, inspirando inúmeras gerações futuras e deixando para sempre o seu legado.
Outros álbuns que não entraram para a lista por motivos de não escuto muito/nunca escutei/quis colocar outros mais diferentes mas são ótimos exemplos: “Tommy” do The Who, “Pet Sounds” dos The Beach Boys, “Tumbleweed Connection” do Elton John, “The Suburbs” do Arcade Fire, “Diamond Dogs” do David Bowie, “21st Century Breakdown” do Green Day, “Electra Heart” do Marina and the Diamonds e “The Dark Side of the Moon” e “Wish You Were Here” do Pink Floyd.
Fonte: Blog Narrador Personagem. Acesso em 21/01/16

Desafio #230 - 38

38-Uma música que seja conceitual

Green Day - American Idiot

Esta música faz parte do álbum de mesmo nome, que é conceitual. Assunto para outro post.

26 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 37


37-Uma música que você ouça, em uma língua que você não fala

Pavarotti -  Nessun dorma


Realmente, italiano, até que gostaria de falar, mas não falo. :(

25 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 36

36-Uma música cuja letra você se identifica


Roupa Nova - Coração Pirata


Faz tempo que não paro para pensar nisso, mas ainda acho que me identifico com esta letra.

24 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 35

35-Uma música que faz criticas


Os Paralamas do Sucesso - Alagados


Muitas críticas, se prestar atenção.

23 de fevereiro de 2016

Estavam tão felizes que não postavam nas redes sociais

Utilizar as redes sociais de modo saudável implica em não buscar a aprovação dos seus contatos e não sentir a necessidade de que essas pessoas saibam o que você faz a todo momento  
Estavam tão felizes que não postavam nas redes sociais
O uso das redes sociais já faz parte da vida das pessoas. São muitos os que têm perfis no Facebook, Twitter, Instagram…
São, sem dúvida alguma, um mecanismo maravilhoso para compartilhar vivências, pensamentos, e, graças ao ambiente atual, também é possível acompanhar notícias e assuntos que nos fazem aprender.
É como se o mundo inteiro estivesse ao alcance das nossas mãos em somente um clique e, são elas, as redes sociais, que mais nos ajudam nessa característica tão básica do ser humano: a comunicação e a interação.
Mas, como tudo na vida, cada objeto, espaço ou mecanismo, desempenhará a função que cada um de nós dará de acordo com as nossas necessidades, personalidade e motivação.
Os psicólogos nos explicam que as redes sociais atuam como mecanismos de defesa para muitas de nossas carências, de nossas necessidades, essas das quais, muitas vezes, não temos consciência e que nós projetamos nesses espaços que vão muito além de uma simples interação social.
Quantas pessoas você conhece em seu círculo social que estão acostumadas a publicar seus estados de ânimo ou suas relações afetivas, no Facebook ou Twitter o tempo todo? Hoje vamos falar sobre os processos psicológicos mascarados nesses costumes.

O perfil saudável das redes sociais

Telefone-celular
Existe um comentário muito popular que é comumente dito nas redes sociais: “O mundo está cheio de mortos-vivos e a maioria deles se esconde no Facebook”.
O que isso quer dizer? A internet serve como uma ferramenta para muitas pessoas para ficar em evidência e aparentar ter uma vida que, na realidade, não possuem. 
No entanto, podemos dizer que grande parte dessas pessoas que usam as redes sociais faz isso de maneira saudável, pois dispõem de algumas características:
  • As redes sociais não são uma parte essencial e necessária em suas vidas. São um complemento e uma forma de comunicação para compartilhar experiências com pessoas que veem todos os dias, ou com as quais mantêm uma relação frequente e real.
  • O comportamento e a personalidade das pessoas que utilizam as redes sociais de forma saudável não mudam de meio para meio, ou seja, mantêm as mesmas atitudes, independente do meio em que se encontram. Portanto, são pessoas centradas que controlam adequadamente suas emoções e sabem expressá-las nos meios adequados.
  • Um exemplo? Quando se está aborrecido com algum companheiro de trabalho, não é através das redes sociais, enviando uma mensagem privada ou até publicando em seu mural para que todas as pessoas saibam da situação, a melhor maneira de comunicar-se. O correto é ser direto e conversar pessoalmente, sem a necessidade do conhecimento ou envolvimento de outras pessoas.
  • As pessoas saudáveis sabem quando “se desconectar”. Não são reféns dos seus telefones celulares e do que ocorre nas redes sociais. A vida real é muito mais apaixonante.
  • Publicam as boas notícias nas redes sociais somente pelo prazer de compartilhar com as amizades essas emoções positivas. Não possuem o desejo de “engrandecer-se” e não buscam ser prepotentes ou aparecer.
  • Também não sentem a necessidade de que todos os seus contatos (conhecidos ou não) saibam cada dia o que fazem ou deixam de fazer, o que pensam ou sentem. As pessoas que utilizam as redes sociais de modo saudável têm o conceito de “intimidade” muito bem definido.

Comportamentos pouco saudáveis nas redes sociais

Mascara
A nossa vida e o nosso cotidiano não seriam o que são sem o apoio diário da internet. Ela é mais do que uma ferramenta de trabalho, podendo dizer também que torna nossas vidas mais fáceis, nos instruindo e enriquecendo de informações.
Entretanto, existem pessoas que, sem chegar a ser ofensivas, não utilizam de modo correto as redes sociais.
Convidamos você a conhecer alguns interessantes aspectos.

Em busca dos apoios psicológicos

Há pessoas que publicam estados ou fotografias em suas redes sociais devido à necessidade natural de encontrar um apoio. Esses “likes” são muito mais do que uma opção no Facebook ou um favorito no Twitter:
É obter uma gratificação.
  • É que alguém diga “que gosta” de uma fotografia postada, onde a pessoa aparece com um vestido ou um penteado novo. Com isso, aumenta aautoestima e, por sua vez, mostra aos outros “o quanto atrativa essa pessoa é em comparação as demais”.
  • Obter um apoio imediato e rápido. Não ter que esperar sair na rua para que as outras pessoas a vejam e digam algo. Em poucos segundos, obtém-se uma infinidades de apoios psicológicos.

As redes sociais são escudos protetores

  • A internet pode mostrar tal e como eu gostaria de ser. Posso ser mais atrevido, posso estabelecer relacionamentos afetivos nas redes sociais, pois nela me sinto mais seguro do que na vida real.
  • As redes sociais nos permitem, inclusive, criar uma personalidade nova e utilizar até mesmo uma imagem falsa de perfil. Tudo isso são, na verdade, comportamentos tão perigosos para as outras pessoas como destrutivos para nós mesmos.

Pensar que se não estamos nas redes sociais “não existimos”

Certamente já aconteceu isso alguma vez: você se encontra com alguém e pergunta, com tom irônico “Mas, quem é essa (e) em sua vida? Você já não posta mais nada no Facebook!”. Diante disso, geralmente olhamos à pessoa que fez essa pergunta e dizemos com tranquilidade: “Tenho uma vida além das redes sociais”.
Ou seja, há quem credita de que se você não publicar o que faz ou o que está vivenciando é como se, na realidade, nada estivesse acontecendo.
Toda experiência só adquire sentido no momento em que aparece no mural do Facebook e aparecem os likes e comentários. É só assim que você se sente aliviado, reconhecido e tranquilo.
Evitemos estes tipos de cosais. A vida é muito mais charmosa se sairmos para vivê-lase guardamos as coisas para nós mesmos sem a necessidade de expor tudo a terceiros.
Pratiquemos no íntimo e no pessoal isso de “estavam tão felizes que não publicavam nas redes sociais”.
Fonte: Site Melhor com saúde. Acesso em 23/02/16

Desafio #230 - 34

34-Uma música que te faz sorrir

Os Três do Nordeste - A vendinha da feira

Tem mala, malinha e maleta. Tem bolsa, bolsinha e...
Racho o bico lembrando do show!! hehe

22 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 33

33-Uma música que você considera clássica

Tom Jobim e Vinícius de Moraes - Garota de Ipanema

Essa é clássica demais!!!

21 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 32

32-Uma música que você considera longa

Legião Urbana - Faroeste Cabloco

9'30 é muita música hehe

20 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 31

31-Uma música com título complicado

Alceu Valença - La belle du jour


A música é linda, mas o título em francês, complica hehe

19 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 30

30-Uma música que tenha um número no título

Gabriel, o Pensador - 2345 meia 78


18 de fevereiro de 2016

Falta de escrever à mão 'pode prejudicar desenvolvimento cerebral das crianças'


Pesquisa diz que nada substitui aprendizado de escrita à mão

Uma pesquisa americana sugere que o uso excessivo de teclados e telas sensíveis ao toque em vez de escrever à mão, com lápis e papel, pode prejudicar o desenvolvimento de crianças.

A neurocientista cognitiva Karin James, da Universidade de Bloomington, nos Estados Unidos, estudou a importância da escrita à mão para o desenvolvimento do cérebro da criança.

Para chegar à conclusão de que teclados e telas podem prejudicar esse desenvolvimento, a pesquisadora estudou crianças que ainda não sabiam ler --que poderiam ser capazes de identificar letras, mas não sabiam como juntá-las para formar palavras.

No estudo, as crianças foram separadas em grupo diferentes: um grupo foi treinado para copiar letras diferentes, enquanto outras trabalharam com as letras usando um teclado.

A pesquisa testou a capacidade dessas crianças de aprender as letras. mas os cientistas também usaram exames de ressonância magnética para analisar quais áreas do cérebro eram ativadas e, assim, tentar entender como o cérebro muda enquanto as crianças se familiarizavam com as letras do alfabeto.

O cérebro das crianças foi analisado antes e depois do treinamento, e os cientistas compararam os dois grupos diferentes, medindo o consumo de oxigênio no cérebro para mensurar sua atividade.
Respostas diferentes

Os pesquisadores descobriram que o cérebro responde de forma diferente quando aprende por meio da cópia de letras à mão de quando aprende as letras digitando-as em um teclado.

As crianças que trabalharam copiando as letras à mão mostraram padrões de ativação do cérebro parecidos com os de pessoas alfabetizadas, que podem ler e escrever.

Escrever à mão ativa áreas diferentes do cérebro das crianças

Esse não foi o caso com as crianças que usaram o teclado.

O cérebro parece ficar "ligado" e responde de forma diferente às letras quando as crianças aprendem a escrevê-las à mão, estabelecendo uma ligação entre o processo de aprender a escrever à mão e o de aprender a ler.
"Os dados do exame do cérebro sugerem que escrever prepara um sistema que facilita a leitura quando as crianças começam a passar por esse processo", disse James.

Além disso, desenvolver as habilidades motoras mais sofisticadas necessárias para escrever à mão pode ser benéfico em muitas outras áreas do desenvolvimento cognitivo, acrescentou a pesquisadora.
Computadores em escolas

Muitas escolas têm pressa em implantar computadores em classes com crianças cada vez mais jovens

As descobertas da pesquisa podem ser importantes para formular políticas educacionais.

"Em partes do mundo, há uma certa pressa em introduzir computadores nas escolas cada vez mais cedo, isso (essa pesquisa) pode atenuar (essa tendência)", disse Karin James.

Muitas escolas americanas até já transformaram escrever à mão em uma alternativa opcional para professores. Muitos educadores não ensinam mais caligrafia.

Uma solução poderia ser usar algum programa em um tablet que simulasse o ato de escrever à mão.

Mas, pelo que a pesquisa da cientista sugere, nada parece substituir o aprendizado com a escrita à mão.
Fonte: Uol Gravidez e Filhos - 12/02/15

Desafio #230 - 29

29-Uma música que te lembra sexo

Marvin Faye - Lets get it on


17 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 28

28-Uma música cuja melodia você acha bonita

Forró Massape - Nossos Olhos


Xotezinho gostoso

16 de fevereiro de 2016

Como as princesas da Disney cantariam em seu idioma nativo

Ou você achava que o idioma nativo da Elza era o inglês?

A magia da Disney não só nos levou a descobrir a existência de várias partes do mundo, mas também nos fez acreditar por um momento que todos no mundo falam a mesma língua: inglês .
Sim, é verdade que é a língua universal, mas às vezes seria bom variar um pouco e mostrar as princesas falando em seus idiomas nativos. O canal do Youtube Movie Munchies por isso decidiu postar dois vídeos para mostrar a diferença entre a língua inglesa e a língua nativa das princesas.
No primeiro vídeo, podemos ouvir como Ariel canta em dinamarquês, Mulan em mandarim, Jasmim e Aladinn em árabe, Elsa em norueguês e Rapunzel em alemão.

Neste segundo vídeo, a Bela canta em francês,  Branca de Neve em alemão, Mágara em grego, Bela Adormecida (Aurora) em francês e Anna em norueguês.

Fonte: Catraca Livre. Acesso em 16 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 27

27-Uma música que te da medo

Trilha do filme Psicose

Dá medo em todos ehehe

15 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 26

26-Uma música que te lembre sua família

Los Del Río - Macarena


Muitos natais em família dançando Macarena.

14 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 25

25-Uma música para dormir


Kenny G - The Moment


Também é "música de casamento", mas o som é tão tranquilizante, que relaxa a ponto de dormir ehehe

13 de fevereiro de 2016

Desafio #230 - 24


24-Uma música para celebrar


Kool & The Gang - Celebration


Já tem "celebrar" até na própria letra :)