Labels

23 de dezembro de 2011

Navidad, según el Viejo Pascuero


Feliz Navidad!!!

Natal, data comercial?



O Natal, em 25 de dezembro, foi escolhido para ser comemorado o nascimento do Jesus Cristo, na maior parte do mundo, exceto nos países que não são cristãos. Mas… existem estudos que mostram ou indicam outra data para o nascimento do Messias, entretanto sabemos que as datas comemorativas movimentam bastante o comércio, principalmente porque envolve troca de presentes, no Natal, o apelo à ceia, reunião em família, doações, etc.


O Natal envolve o Cristo para os cristãos, papai Noel para as crianças, apenas um momento de confraternização para os céticos, um momento próprio para se desculpar da falta de atenção durante um ano, reconciliação e encontros.

E a árvore de Natal? Tem a ver com Belém? A estrela tem.

E o sino tem ? O presépio tem. Aliás, a tradição de fazer o presépio nem vejo mais nas casas, agora… a árvore não pode faltar!

Presente tem a ver, pois os magos levaram presente, ouro, incenso e mirra.

E o chocolate? Em Belém não tem cacau…mas inventaram o panetone, o tradicional vinho, será que tem a ver?

Bem, o Natal ficou uma data muito importante, um pouco melancólica para quem não pode estar em família, não é festa dançante, deixa as pessoas refletindo ao som da música com acordes da harpa, instrumento realmente típico da região onde o messias nasceu.


Boas Festas!


Escrito por: Conceição Reale, disponível no site Valença Ba





Mas os votos também são meus!!!!

Boas Festas!!!

Natassia

Fotos preciosas del Chavo del 8



 


























9 de dezembro de 2011

Dica de sucesso nas escola

Eu sei que o ano está acabando e que todo mundo, inclusive eu, quer férias.
Mas para repensarmos no nosso desempenho durante esse ano e tentar fazer melhor o ano que vem (isso se chama reflexão), vai uma fórmula para vocês:


Natassia

27 de novembro de 2011

Guernica - Pablo Picasso



Madri (AFP) - O prestigiado museu de arte contemporânea Reina Sofía de Madri comemora nesta semana o 30º aniversário da chegada à Espanha, após quase meio século no exílio, do "Guernica", o famoso quadro que Pablo Ruiz Picasso pintou em Paris durante a guerra civil espanhola.


Convertida em símbolo universal da crueldade da guerra, a tela em preto e branco de Picasso não pisou em solo espanhol até 1981, forçada ao exílio durante a longa ditadura do general Francisco Franco (1939-1975).

O "Guernica" tem um importante "significado não apenas do ponto de vista artístico, no qual o seu valor universal é indiscutível, mas também por seu valor simbólico contra a guerra e toda a violência", explica Rosario Peiró, Chefe de Coleções do Reina Sofía.

Pintado por Picasso em Paris em 1937 por encomenda do governo republicano espanhol, o quadro denuncia o bombardeio da cidade basca de Guernica pela aviação nazista de Adolf Hitler, aliado de Franco.

"Do ponto de vista especificamente espanhol, é um documento do que aconteceu na Espanha naquela época e sua chegada significou um novo começo de uma nova aventura democrática", lembra Peiró, responsável pelo museu que acolhe a obra desde 1992.

Durante os anos da guerra civil espanhola (1936-1939), o "Guernica" viajou incessantemente por Europa e Estados Unidos para recolher fundos com o objetivo de ajudar na luta contra o franquismo, antes de ser confiado ao Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) no fim dos anos 1950.

Três anos antes de sua morte, em 1973, "Picasso escreve ao MoMA" pedindo "que o Guernica só seja devolvido quando as liberdades públicas na Espanha voltarem", explica Peiró.

Pouco depois da morte de Franco, em 1975, os parlamentares espanhóis realizaram os procedimentos para reivindicar sua devolução.

E em 10 de setembro de 1981, protegido por um espesso vidro blindado, o "Guernica" fez sua chegada triunfal a Madri.

No entanto, desde então o quadro não deixou de ser objeto de desejo.

O famoso quadro é protagonista há anos de uma guerra entre o museu de arte contemporânea Reina Sofía e o prestigiado museu do Prado, além de uma batalha com alguns líderes políticos do País Basco, onde encontra-se a cidade de Guernica, que também o reivindicam. de uma obra "emblemática e central" da coleção do Reina Sofía, e seu estado de conservação "muito delicado" impede qualquer transferência, afirmaram em março de 2010 os diretores do museu de arte contemporânea.



Quadro no Museo Reina Sofia
 Fonte: Uol Entretenimento: Notícias

23 de novembro de 2011

O Bullying



Fala-se muito hoje em Bullying. A palavra, originária da língua inglesa, é empregada boa parte das vezes de modo errado, espécie de caldeirão onde se joga tudo de ruim que pode acontecer em sala de aula. Há crianças que sofrem, no dia a dia escolar, situações que lhes causam mal, mas que não podem ser chamadas de Bullying. Há quem veja apenas como ‘brincadeira’ o que é percebido, no outro, como agressão e razão de infortúnio. Há crianças, vítimas de Bullying, que também são entendidas como as responsáveis por esse tipo de situação - nem sempre o agressor é quem dá início a esse tipo de violência, algo que os pais não conseguem admitir, particularmente, os da criança ‘agredida’. Nove fora, a falta de informação sobre o tema é enorme, tornando o Bullying uma violência que atinge a todos, os pais incluídos.

"O Bullying acontece, quando existe um movimento real contra uma determinada criança", esclarece a psicóloga e psicopedagoga Nívea Maria de Carvalho Fabrício, diretora do Colégio Graphein, em São Paulo. "É uma campanha, uma perseguição contra um alvo muito bem definido." Com mais de 38 anos de experiência no trato com alunos das mais variadas personalidades e histórias familiares, Nivea já viu de tudo um pouco. Tem, portanto, expertise de sobra para colocar os pingos nos iis em relação a um tema tão atual e afeito a provocar dúvidas. Em sua opinião, são nas escolas maiores, onde as relações ocorrem de modo impessoal e a capacidade de controle é menor em face do número de alunos, que as possibilidades de acontecer Bullying crescem e causam apreensão. "Nessas escolas, existem hoje três grupos de alunos, os nerds, os populares e os bobos - já ouvi muita criança dizer que não pode ser nerd ou "CDF", caso contrário, não será querida da classe", Nivea descreve. "Os bobos? Não se misturam com o resto dos alunos".


Começa, então, a funcionar uma divisão social dentro de uma grande escola típica do universo paulistano, por exemplo. O Bullying? Ele acontece, quando um desses grupos implica com um determinado aluno, a ‘crítica’ se propaga ferozmente pelas redes sociais e o caos se instala. Em especial, em casa. Porque os pais pouco ou nada conseguem fazer para ajudar os filhos, sejam eles os agredidos ou agressores, a sobreviverem ao contato com o Bullying - na opinião de Eric Debarbieux, diretor do Observatório Internacional das Violências nas Escolas, "uma das violências mais graves que o ser humano pode sofrer."

Apesar da gravidade do problema, Birgit Möbus, psicopedagoga da Escola Suíço-Brasileira, em São Paulo, faz questão de alertar que o Bullying é muito sensível à intervenção das autoridades - no caso da escola, dos professores, supervisores e mesmo diretores. "Mas é preciso que a comunidade escolar se envolva como um todo para combater essa violência de modo a reduzir efetivamente o número e a gravidade dos casos", adianta.

Ou ainda: a situação é grave, mas há solução à vista. Faz parte dela a adoção de atitudes no ambiente escolar, caso do respeito e da generosidade, entre outras. "São palavras aparentemente vagas, mas bastante sérias... a criança hoje fica brava por muito pouco!", aponta Nivea. E isso não pode continuar assim, certo? "É desde pequeno que se aprende ser possível vencer, ao lado do outro, os obstáculos que a vida impõe", lembra Gisela Sartori Franco, psicóloga e especialista em Convivência Cooperativa. "A gentileza, o consenso e o diálogo, infelizmente, não são hoje ‘treinados’ em sala de aula, daí a necessidade dos pais estarem atentos à rotina escolar e exigirem, nas reuniões com professores, mudanças no currículo escolar."

Eis uma sugestão de como os pais devem se comportar para ajudar seus filhos a sobreviverem - com saúde! - ao contato com o Bullying. Com a ajuda das especialistas Nivea Maria de Carvalho Fabrício, Birgit Möbus e Gisela Sartori Franco, destacamos outras de igual importância a seguir.

1.O envolvimento dos pais no dia a dia escolar é importante - eles precisam mais do que nunca entender a necessidade da educação e, em conseqüência, jamais se afastar da rotina dos filhos em sala de aula


2. Pais precisam ser ajudados a serem pais. Porque a sociedade anda permissiva demais e eles se sentem perdidos ante essa realidade

3. Não tire seu filho de imediato da escola onde sofreu Bullying: primeiro, é importante trabalhar com os professores e a direção dessa escola de modo a resolver o problema. Porque será muito importante para ele vencer o Bullying no ambiente onde foi vítima

4. Se não der certo - e é preciso atenção para a evolução do problema, não deixar passar o tempo em demasia... -, recomenda-se a transferência, se possível, para uma escola preparada para dar suporte a essa criança

5. Vale a pena insistir aqui no ponto ‘nevrálgico’: nem sempre o agressor é quem deu início ao Bullying, mas sim quem se faz de vítima. Ou ainda: tudo pode se resumir a uma forma (desesperada) de chamar a atenção de quem se sente excluído, marginalizado, pelos colegas de classe

6. Porque a violência existe e assusta, mas o Bullying não acontece por acaso. Aliás, por ser um assunto de sala de aula, ele precisa ser tratado com ela por inteiro. Em outras palavras: os pais não devem se preocupar em proteger apenas o próprio filho, seja ele o agredido ou o agressor ou apenas testemunha desse tipo de violência

7. Na reunião de pais e professores, esse assunto deve ser tratado de modo a que todos participem - e não isoladamente, atingindo apenas os envolvidos com o caso de Bullying

8. Pais devem exigir imediatamente da escola uma estratégia de trabalho que envolva o agressor, o agredido e o grupo por inteiro

9. Em casa, pai e mãe precisam conversar diariamente com o filho sobre as aulas, mesmo que ele tenha uma reação negativa, do tipo "ah! que conversa chata!" etc. Claro, existe a medida adequada e ela varia de criança para criança. Mas o importante, neste caso, é criar o hábito da conversa entre pais e filhos

10. Essa conversa pode se tornar um ritual a ser integrado na refeição do domingo, por exemplo. Um momento de aproveitar a reunião familiar para que cada um fale de si mesmo.

11. Porque não dá para usar o pretexto de trabalhar muito e permanecer fora de casa o tempo inteiro - e assim não ajudar o filho em um momento tão difícil da vida dele!

12. Às vezes, basta dizer para o seu filho, "você gostaria que alguém falasse dessa forma com você? Pois, eu não gosto, fico triste..." É importante se colocar no lugar do outro, sentir na pele que a ‘brincadeira’ feita não tem a menor graça... Brincadeira só vale quando todos se divertem - e nunca quando acontece à custa de outro. Isso é fundamental e os pais devem trabalhar essa questão, conversando com seus filhos desde a infância

13. Sem essa troca de informações entre pais e filhos, uma situação de Bullying pode já estar ameaçando o cotidiano escolar - e nenhum adulto se deu conta dos sintomas dessa violência no comportamento da criança e/ou do jovem. Que se mostra mais irritadiço e angustiado, inventando desculpas para não ir à escola etc.

14. É na conversa com o filho que os pais vão perceber o porquê da agressividade e da insatisfação, orientando a buscar outras formas de se expressar. Se os pais não souberem fazê-lo, não há razão de constrangimento - ao contrário, devem pedir ajuda a quem foi treinado para isso, na escola

15. Se os pais perceberem que o filho está de fato sofrendo algum tipo de ‘pressão psicológica’ no ambiente escolar, precisam informar professores e direção da escola para que a questão seja tratada de modo cuidadoso o quanto antes!

16. Muitas vezes a escola não sabe que está ocorrendo uma situação de Bullying até porque ela acontece fora da sala de aula e, portanto, longe do olhar do professor. Mesmo sem provas, é importante intervir. Atenção: a escola é a autoridade na relação entre alunos - e não os pais!

17. O Bullying é muito sensível à intervenção das ‘autoridades’, ou seja, dos professores, supervisores e até mesmo diretores. Em especial, quando desperta o envolvimento da comunidade escolar como um todo no combate a essa violência

18. O Bullying é resultado de uma relação interpessoal em desequilíbrio. Há, portanto, de se cuidar dos dois lados envolvidos - existe um problema de autoestima a ser trabalhado, tanto em relação ao agressor quanto ao agredido

19. Cada escola tem a sua maneira de agir, mas o que se espera é que ela seja parceira dos pais do aluno que é vítima de Bullying - e também daquele que é entendido como agressor. O ideal: aproximar as duas famílias de modo a envolvê-las na solução do problema. Porque todas elas são perdedoras em uma situação de Bullying

20. Pais e professores precisam se unir para ensinar às crianças e aos jovens a serem assertivos - ou seja, saberem se expressar de modo positivo quando algo os incomoda, fazendo o outro entender que há limites que não podem ser ultrapassados

21. O respeito às diferenças precisa ser exercitado diariamente no ambiente escolar. Os pais devem exigir que os professores de seus filhos trabalhem nessa direção em sala de aula de modo a que uma situação de Bullying não volte a acontecer entre os alunos. Que não precisam ser amigos, mas sim precisam se respeitar um ao outro

22. É recomendado que se faça uma dinâmica de grupo com os alunos da classe onde ocorreu um caso de Bullying, conversar individualmente sobre o problema, verificar em que estágio a campanha de Bullying se encontra disseminada na rede social e, se necessário, coibir o uso da rede por um tempo determinado

23. Com ou sem Bullying, os pais precisam ter controle sobre o uso da internet por seus filhos, eles não podem ter liberdade total no exercício dessa atividade - os pais devem ter acesso às redes sociais do filho como espectadores, jamais devem participar!

24. Pais não são amigos dos filhos, mas sim pais. E, nesse papel, precisam orientar. Não podem confundir o papel, até porque a criança precisa ter no pai e na mãe uma figura de autoridade, pessoas que inspiram confiança e representam um porto firme para ela

25. Pais não devem vitimizar seus filhos, muito menos tratá-los como se fossem reis ou rainhas. Quem pensa só em defender, se esquece que ninguém é santo, muito menos o próprio filho

26. Tentar despertar coragem no filho com a frase "não leve desaforo para casa!", impondo respeito na base da agressão, é o pior que se pode fazer a uma criança indefesa. Não é com esse ‘troco’ que se constrói um ambiente de solidariedade entre os colegas

27. Quando os pais percebem que seus filhos são autores de Bullying ou mesmo testemunhas desse problema no ambiente escolar, devem conversar abertamente com eles a respeito e, ao mesmo tempo, pedir ajudar à escola. Porque quem é autor ou testemunha desse tipo de violência também está sofrendo e precisa ser cuidado!

28. Os pais se consideram responsáveis pelas vidas dos seus filhos, quando são, na verdade, responsáveis até a página 50 - daí pra frente ou mesmo antes disso, os filhos vão fazer o que lhes dão na veneta... O sucesso não depende mais dos pais, mas sim deles próprios

29. Cabe aos pais darem o maior número de instrumentos necessários para os filhos terem sucesso. Entretanto, como eles vão usá-los, bem, isso já não é mais responsabilidade paterna. E o problema está aí: os pais se sentem culpados de verem os filhos fazerem tudo errado e, com a pressão da culpa, não conseguem mais ajudar

30. Atenção: o Bullying pode acontecer não apenas no ambiente escolar, mas também no bairro. É quando o seu filho pode não ser aceito pela turma por se recusar a beber ou fumar. Seja qual for a situação lembrem-se: uma das estratégias fundamentais na luta contra essa forma de violência é a aliança entre pais e escola. Sempre



Fonte: Educar para Crescer

20 de novembro de 2011

Criticar é tão ruim assim?



A falácia ad hominem (atacar pessoalmente os indivíduos de quem discordamos em vez de discutir as suas ideias, aludindo a aspectos pessoais irrelevantes para o argumento) é frequente, nomeadamente na política e na vida profissional. Mas, felizmente, a sua utilização é muitas vezes denunciada.


Contudo, essa denúncia nem sempre é justificada. Algumas pessoas, incomodadas com o facto de alguém questionar as suas ideias, declaram-se ofendidas na sua honra. Confundem as críticas com insultos e consideram como um ataque pessoal o desafio que lhes foi feito para debater e argumentar.

Por vezes essa atitude constitui apenas uma fuga oportunista ao trabalho de argumentar e à possibilidade de refutação. Mas outras vezes é sincera: as pessoas sentem-se mesmo atacadas pessoalmente e ficam mesmo aborrecidas.

Sincera ou não, essa atitude é favorecida por uma tradição cultural como a portuguesa, onde a discussão e a crítica não são vistas como tentativas de chegar à verdade e à clareza, mas sim como algo negativo e desagradável. Por isso, em Portugal quando alguém – por exemplo numa reunião de professores – apresenta uma objecção ao que foi dito é frequente instalar-se algum mal-estar: a pessoa cuja opinião foi criticada manifesta incómodo e este é partilhado por muitos dos ouvintes. Como se discordar de modo claro e frontal fosse indelicado e tão socialmente inadequado como arrotar ruidosamente.

Claro que nesses ambientes se admite que as pessoas não estejam de acordo. Contudo, considera-se que o desacordo não deve ser expresso através de um frontal “a tua opinião é falsa: X não é Y”, mas sim através de frases mais relativistas e capazes de tornar o desacordo inócuo: “na minha perspectiva X não é Y, mas é só a minha opinião, a minha maneira de ver, eu respeito todas as opiniões”. A cantilena repetitiva do “na minha perspectiva” destina-se a tornar claro que não se está a contestar a outra opinião e que se considera todas as opiniões legítimas e respeitáveis – já que, supostamente, tudo é uma questão de perspectiva. Parece que assim ninguém se sente pessoalmente atacado.

Infelizmente, esse procedimento não exclui apenas a falácia ad hominem, mas também a possibilidade de debater realmente ideias.

Escusado será dizer que criticar os comportamentos ou a competência (por exemplo profissional) de alguém sem ser acusado de estar a praticar um ataque pessoal é ainda mais difícil do que quando se tenta apenas discutir ideias.



Fonte: Blog Dúvida Metódica

11 de novembro de 2011

Música para cortar os pulsos



Imagine se todas aquelas músicas doloridas, cheia de verdades, que fazem os mais machões chorarem, fossem pano de fundo de uma história? Agora, aproveitando a fertilidade da imaginação, agregue três adolescentes (ou pós adolescentes, naquele limbo dos 20 a 25 anos) que se relacionam entre si, fisicamente ou não! Então, isso é “Música para cortar os pulsos”

Em seu primeiro texto para teatro, o diretor de cinema Rafael Gomes (Tapa na Pantera, Tudo Que É Sólido Pode Derreter) apresenta ao espectador os universos particulares de três personagens em torno dos 20 anos: Isabela, Felipe e Ricardo. Com estrutura de monólogos intercalados, os três atores em cena discorrem sobre sentimentos amorosos; paixão, desejo, desilusão, perda, frustrações.


Conforme a dramaturgia avança, é exposta a complexa ciranda de relações entre eles, enquanto as situações que narram (e vivem) desenvolvem-se em direção a um inevitável impasse.

A peça vai além dos palcos e oferece ao espectador a oportunidade de conhecer melhor o universo dos três personagens e as referências utilizadas para compor o espetáculo através do blog oficial, onde há músicas, filmes e livros que fizeram parte do processo criativo. Trechos de cenas e textos complementares ao universo dos personagens – além do processo de ensaio com os atores – também estão no blog da peça que será transformada em longa metragem em 2012.

 Fonte da resenha: Dolado e Blog Mais que tudo


Minha apreciação

É uma peça que trata de conflitos sentimentais de três adultos jovens, mas que podem acontecer com qualquer pessoa, jovem ou não. A história vai se apresentando aos poucos, através das 10 cenas e tem desfecho esperado e ao mesmo tempo surpreendente.
A fotografia é demais com movimentação de cenário e luzes, utilizando objetos simples. Apesar de os atores quase não contracenarem, há uma grande harmonia e "química" entre eles.
As músicas são bem escolhidas, que vai desde Carlos Gardel, Ópera, Barão Vermelho, sertanejo e muitas outras, que são de "cortar os pulsos"
Recomendo a todos que leem este singelo blog!
Acessem o blog da peça
 
Fotos

Mayara Constantino - Isabela
Guilherme Golski - Ricardo
Fábio Lucindo - Felipe
Natassia

8 de novembro de 2011

Primera reseña de La piel que habito


Posiblemente sea un lugar común decir que Almodóvar se supera a sí mismo. Bueno, no nos queda otra opción, lo hace y se lo agradecemos. No se conforma con repetir las fórmulas que alguna vez le funcionaron. Se reinventa en cada nuevo film y nos sorprende a cada paso.


Aquí es muy difícil reseñar algo sin arruinarle el visionado al espectador. Podemos decir que se da el lujo de mezclar géneros, reflexionar con ironía sobre la ciencia, cuestionar con profundidad y humor la construcción de lo masculino y lo femenino, y obvio, hacernos pasar un muy buen rato de entretenimiento.

Muy recomendable


Dirección: Pedro Almodóvar

Guión: Pedro Almodóvar y Agustín Almodóvar, basado en la novela Tarántula de Tierry Jonquet

Elenco: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jant Cornet, Roberto Álamo, Eduard Fernández, Blanca Suárez, Susi Sánchez, Bárbara Lennie, Fernando Cayo, José Luis Gómez
 
Fuente: Blog Reseñas
 
 
Ps: Vamos a esperar que estrene en los cines de mi ciudad para que yo compruebe o no esta reseña. #esperandoanciosamente

Algunas expresiones idiomáticas en español

El uso de las expresiones idiomáticas es una manera diversificada para hablar informalmente. Abajo están algunas de las expresiones más comunes en España:




1.Irse por los Cerros de Úbeda: cuando alguien está hablando de un tema y la otra persona pone en el dialogo otro totalmente distinto, sin relación ninguna. Si dos amigos están hablando sobre idiomas y un de ellos acaba hablando del los guantes que perdió, el otro puede decir “Se fue por los Cerros de Úbeda“.
 
2.Ir al grano: es el opuesto de la expressión anterior, la persona habla con objetividad, sin extraviar del asunto principal. Cuando alguien tarda en explicarte algo, le puedes decir “Por favor, ve al grano“.
 
3.Irse con la musica a otra parte: se le dice a alguien que habla de algo que no es interesante o molesto, para que deje el asunto porque las otras personas no están interesados en seguir escuchando su opinión. Si alguien dice muchas cosas machistas, se le puede decir “Anda y vete con la música a otra parte“.
 
4.Andarse por las ramas: quiere decir que la persona que habla no dice las cosas directamente. No es igual que “irse por los Cerros de Úbeda”. Cuando alguien se “anda por las ramas” él no evita el tema principal, pero sí evita decir claramente lo que quiere, dando vueltas al asunto. No te andes por las ramas y dime qué ha pasado.
 
5.Marear la perdiz: es lo mismo que “andarse por las ramas”. Cuando haces una pregunta y la otra persona evita responder, poniendo excusas. Si preguntas algo a alguien y la otra persona sigue haciendo rodeos en la respuesta, le puedes decir: “Deja ya de marear la perdiz.”
 
6.Salirse por la tangente: cuando tú preguntas por un tema y la otra persona responde con otro voluntariamente, y normalmente se hace para evitar dar explicaciones o poner excusas. Un ejemplo: En el debate el político salió por la tangente.
 
7.Pan para hoy y hambre para mañana: significa beneficio a corto plazo, sin dejar algo consistente para el futuro. Cuando una persona quiere adelgazar y pasa días sin comer nada, es cierto que cuando ella volver a comer un poquito más va a recuperar el peso anterior rápidamente. A esto se le puede decir que es pan para hoy y hambre para mañana.
 
8.Cada maestro tiene su libro o cada maestrillo tiene su librillo: significa que cada uno tiene su método para trabajar, para explicar las cosas, para organizarse. Si alguien reclama de la manera como otra arregló o guardó sus cosas, le puedes decir “cada maestrillo tiene su librillo”.
 
Fuente: Blog Dicas de Espanhol

30 de outubro de 2011

Mar Portuguez - Fernando Pessoa



Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão resaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abysmo deu,
Mas nelle é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, vindo a falecer na mesma cidade, em 1935, com apenas 47 anos. Órfão de pai ainda criança, passou a infância e a adolescência em Durban, na África do Sul, onde obteve educação inglesa, tornando-se um poeta bilíngue. Em 1905, prestes a ingressar na Universidade do Cabo, precisou voltar para Lisboa. Lá chegou a iniciar o Curso Superior de Letras, abandonando-o para instalar uma tipografia, que fracassou. Trabalhou obscuramente como correspondente estrangeiro – redator de cartas comerciais em inglês e francês –, atividade modesta, que acabou por sustentá-lo a maior parte da vida.

Embora tenha participado intensamente das publicações do Modernismo português, seu único livro publicado em vida foi Mensagem, obra com a qual participou de um concurso de poesia do Secretariado da Propaganda Nacional, em Lisboa, em 1934, pouco antes de morrer. O prêmio de segunda categoria que lhe deram, nessa última experiência literária, mostra o quanto não foi reconhecido em vida, embora tenha dedicado toda ela à arte e à poesia. Milhares de páginas têm sido escritas sobre sua criação, uma das maiores do século XX, ao lado de Eliot, Rilke, Pound, Lorca e alguns outros.

Além de Mensagem, escreveu Poemas completos de Alberto Caeiro, Odes de Ricardo Reis, Poesias de Álvaro de Campos, Poemas dramáticos, Poesias coligidas, Quadras ao gosto popular, Novas poesias inéditas. Em prosa, suas obras são: Páginas de Doutrina Estética, A nova poesia portuguesa, Análise da vida mental portuguesa, Apologia do paganismo e Páginas íntimas e de auto-interpretação.

Poeta filósofo, sutil e complexo, Fernando Pessoa escreve em redondilhas rimadas, fundamentalmente procurando reunir o “sentir” e o “pensar” (“ O que em mim sente ´stá pensando”). A inquietação, a necessidade de compreender todas as coisas, a busca constante da consciência, que inclui saber ser ela uma impossibilidade, constituem algumas das características fundamentais de sua obra.

Fernando Pessoa é o poeta que conjuga lucidez e vidência, que se coloca entre o pendor para a paixão, o sonho, a entrega mágico-poética aos mistérios e a postura analítico-racional, de constante indagação crítica. Assim, fragmentou-se, multiplicou-se, reinventou-se, convivendo em profundidade com todas as grandes contradições do nosso tempo e recriando-as poeticamente, numa das monumentais obras-primas da poesia do século XX.

Mensagem é sua obra em versos, ao mesmo tempo, líricos e épicos. Está dividida em três partes: I – Brasão; II – Mar Portuguez; III – O Encoberto. Nela, Pessoa recria a História de Portugal, a partir de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões. Escrita no período neoclássico (século XVI), Os Lusíadas é considerada a maior epopeia existente em língua portuguesa, tendo imortalizado a glória e a soberania de Portugal, no período da expansão ultramarina.



No diálogo intertextual que Fernando Pessoa estabelece com Os Lusíadas para escrever Mensagem, percebe-se que o objetivo maior desta obra é restabelecer a grandeza messiânica da pátria, conquistada na época de Camões por meio das Grandes navegações Marítimas, e nunca mais recuperada. Em sua atmosfera mitopoética, visionária, Mensagem busca resgatar a glória e a soberania portuguesas, vendo a pátria predestinada a realizar um destino superior, tão nobre quanto o realizado no século XVI, mas de natureza metafísica, espiritual: a criação da Grande Poesia.

“Mar portuguez” é uma das mais belas composições de toda a obra de Fernando Pessoa. Nela, o poeta sintetiza, de forma brilhante, os elementos fundamentais no questionamento das Navegações: a dor, o preço pago para que o mar se tornasse português e a pergunta vital – “Valeu a pena?”.

O poema tem um tom filosófico, épico, elegendo como interlocutor o mar: espaço infinito, de expansão e de aventuras. Faz um balanço histórico com ele, reconhecendo a dor e, também, a necessidade de ultrapassá-la, quando o que importa é o Ideal. Em versos alternadamente de dez e oito sílabas poéticas, com rimas emparelhadas (aabbcc), as duas estrofes de seis versos que constituem o poema exibem alguns elementos essenciais da releitura de Os Lusíadas presente em Mensagem. Sua temática se aproxima da do episódio camoniano do Velho do Restelo, em que se denuncia o imenso sacrifício imposto ao povo pela aventura ultramarina:

“ Em tão longo caminho e duvidoso
Por perdidos as gentes nos julgavam.
As mulheres e`um choro piedoso,
Os homens com suspiros que arrancavam.
Mãe, esposas, irmãs, que o temeroso
Amor mais desconfia, acrescentavam
A desesperação e frio medo
De já nos não tornar a ver tão cedo.”

Julgando-os perdidos, mães, esposas, irmãs choravam antecipadamente a morte de seus parentes; as lágrimas eram tantas que se igualavam em quantidade aos grãos de areia:

“ A branca areia as lágrimas banhavam,
Que a multidão com elas se igualavam.”



Fernando Pessoa retoma a fusão das lágrimas com as águas do mar, comunhão mais que perfeita da aventura portuguesa. Como nos outros poemas desta obra, o autor recorre a arcaísmos gráficos, como forma de remissão a um passado longínquo (portuguez, lagrimas, resaram, quere, abysmo, nelle).

Na primeira estrofe do poema, o mar aparece como vocativo, considerado como entidade superior, divina, mitificada (dessas entidades superiores que se alimentam de sangue, da dor, do sacrifício humano). As frases exclamativas realçam o sofrimento causado pela sua conquista, sintetizado pelas lágrimas que, de tão numerosas, colaboraram para torná-lo salgado (conceito hiperbólico). Repare que o eu lírico se manifesta de forma coletiva: “ Por te cruzarmos, quantas mães choraram”. A forma verbal de primeira pessoa do plural (“cruzarmos”) traz implícito o sujeito nós, que expressa a ideia de uma voz coletiva, isto é, de todo o Povo português a lamentar o alto preço pago.

A vocação náutica dos portugueses e os grandes descobrimentos do passado tornaram o tema do mar bastante frequente na Literatura Portuguesa de todos os tempos. Fernando Pessoa, em “Mar portuguez”, focaliza o custo que a aventura marítima representou em termos de vidas humanas e sofrimentos ao povo de seu país (representado pelo choro das mães, a prece dos filhos e a privação das noivas). O possessivo nosso do verso 6 não deixa dúvida de que Portugal adquiriu efetivamente a conquista desejada: o mar.

A segunda estrofe, no entanto, o eu lírico justifica o empreendimento e o esforço supremo: “Quem quere (quer) passar além do Bojador/Tem que passar além da dor”. Para os portugueses, a glória era simbolizada pela superação dos perigos do mar, constante duelo com a morte. O Bojador é um cabo localizado na costa oeste da África, na altura das ilhas Canárias (pouco ao norte do Trópico de Câncer). No início das grandes Navegações, era o limite conhecido do território africano. Portanto, “passar além do Bojador” significa entrar no desconhecido, enfrentar “perigos e abismos”.

E nesse contexto, “ tudo vale a pena” quando se alcança um desígnio maior, destinado pela nobreza da alma não pequena( de inspirações ilimitadas), pois se o mar é perigoso, na mesma medida, é o espelho da grandeza e da sublimidade, já que é nele que se reflete o céu. Ao Ideal expansionista do século XVI, com suas conquistas materiais e suas glórias terrenas, Pessoa opõe outro Ideal: um “Mar portuguez” mítico, metafísico, espiritual: conquistá-lo significa optar pela aventura e pelo sonho, engrandecer a pátria e a humanidade com a força da “Grande Poesia”, portuguesa e ao mesmo tempo universal

Fonte: Blog Literatura & Linguagens

Literatura portuguesa atual

Inês Pedrosa


A portuguesa Inês Pedrosa é uma autora bastante conhecida no Brasil, cujos romances "Fica Comigo Esta Noite" (2007, Planeta do Brasil) e "Fazes-me Falta" (2003, Planeta do Brasil) tiveram relativo destaque no país. Justificado sucesso: seu feminismo, sem carregar nenhuma bandeira, é sutil, presente tão somente no universo das personagens ou nas frágeis camadas de sua estrutura narrativa.


Sua escrita, e mesmo seu horizonte temático, é versátil, talvez graças à sua experiência como tradutora e diretora da revista "Marie Claire", de Portugal, isso entre 1993 e 1996 (é atualmente colunista do semanal "Expresso", um dos maiores jornais portugueses).

Seu livro mais recente, "A Eternidade e o Desejo" (2008, Alfaguara), confirma a versatilidade da autora. Trata-se de um romance ambientado em Salvador em que ritos e tradições da cultura brasileira, como o candomblé, surgem para orientar o leitor em uma busca pelo amor.

O estado de cegueira da protagonista, diferente do célebre "Ensaio sobre a Cegueira" (1995, Cia. das Letras) de seu compatriota José Saramago, funciona como porta de entrada para a redescoberta do sentimento amoroso. Em Saramago, a deficiência problematiza toda uma ordem de relações humanas.

Também contista, Inês Pedrosa busca nos desencontros mais cotidianos a inspiração para seus recortes de fôlego menor. Como uma fotografia de cada movimento das personagens, o instante ganha a potência de uma vida, apenas sombreada nas feições, nas palavras e nas entrelinhas de suas histórias.

"Fica Comigo Esta Noite" é um exemplo representativo da ficção da autora, onde cada movimento em falso das personagens não é simplesmente desvio arbitrário nas mãos de um ardiloso narrador, mas sim reflexo do conflitante livre-arbítrio que parece guiar cada personagem, cada decisão. Mais do que tratar da solidão, a narradora busca encontrar, em uma análise às avessas, as causas desse estado para então sugerir possíveis saídas, sempre pelo viés amoroso.

Solidão e amor, um dos contrapontos mais dolorosos da história da literatura, funcionam como instrumento em sua obra, não como objetos, temas ou motivos. Invertendo-se a equação, ou seja, sobrepondo o sentimento à resolução de seu próprio conflito, a autora cria uma trama que puxa o leitor mais pela bem amarrada linguagem do que pela mera tematização amorosa. A linguagem antecede o amor, e não este dá origem à expressão.

Por conta desse feminismo sem bandeira e dessa versatilidade, a mesa 5, intitulada "Sexo, Mentiras e Videotape", da qual Inês Pedrosa fará parte, dialogando com a inglesa Zoë Heller e com a brasileira Cíntia Moscovich, outras expoentes da literatura feminina, tem tudo para atrair boa parte do público da Flip, ao unir três gerações diferentes de mulheres discutindo e reexaminando a própria intimidade.

Fonte: Folha ilustrada


José Saramago

José de Sousa Saramago nasceu numa família de camponeses da Aldeia de Azinhaga, ao sul de Portugal, em 1922. Seus pais eram analfabetos. Sua origem influenciou o modo de escrever, caracterizado pela liberdade no uso da pontuação. "Meu estilo começou em 1979, quando eu estava escrevendo Levantado do Chão. O mundo que eu descrevia era o Portugal rural, durante os primeiros dois terços do século passado - um mundo no qual a cultura de contar histórias predominava, e eram passadas de geração a geração, sem que se usasse a palavra escrita", disse o escritor ao jornalista australiano Ben Naparstek, lembrando que, quando se fala, não se usa pontuação. A entrevista foi incluída no livro Encontros com 40 Grandes Autores.



Com um estilo próprio, Saramago conquistou em 1983 o Prêmio Camões, a mais importante distinção dada a um escritor em língua portuguesa - recebida neste ano pelo poeta Ferreira Gullar - e, em 1998, o Prêmio Nobel de Literatura.


Levantado do Chão é um dos livros que mais falam de Saramago. Ao mostrar a luta do povo contra a opressão dos latifundiários e das autoridades oficiais e clericais, o romance faz ecoar a opção política do escritor, que se dizia socialista até o fim da vida. Considerado hoje o seu primeiro grande romance, Levantado do Chão também merece destaque por ter dado notoriedade a Saramago, que por ele recebeu o Prêmio Cidade de Lisboa, em 1980, e o Prêmio Internacional Ennio Flaiano em 1982.


Sua atividade como escritor, no entanto, havia começado muito antes, em 1947, com o livro Terra do Pecado. Após um hiato de 19 anos, lança, em 1966, Os Poemas Possíveis, seu primeiro livro de poesia. Três anos depois, se tornaria membro do Partido Comunista Português. Atuando como crítico literário e jornalista, em 1975, chegaria à direção-adjunta do Diário de Notícias. Mas, já no ano seguinte, fugindo à opressão do Salazarismo, regime totalitário que dominava Portugal, passaria a viver de literatura. Num primeiro momento, como tradutor. Em seguida, como autor.


Depois de Levantado do Chão, chamaria a atenção com os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984), A Jangada de Pedra (1986) e O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), cuja inspiração lhe veio de um golpe de vista. Andando pela rua, o escritor acreditou ter lido, na manchete de um jornal, aquele que viria a ser o título da obra, e a partir daí nasceu a ideia de contar o Novo Testamento pela visão de Jesus Cristo, e não mais de um de seus apóstolos.


Foi por este livro que Saramago deixoiu Portugal, no início da década de 1992. A inscrição de O Evangelho Segundo Jesus Cristo para o Prêmio Literário Europeu, em 1992, foi vetada pela Secretaria de Cultura portuguesa. As vendas dispararam, mas, aborrecido, o escritor mudou-se para Lanzarote, nas Ilhas Canárias.


Sobre Levantado do Chão, outra curiosidade: o título foi tomado de empréstimo pelo compositor Chico Buarque, que participou juntamente com Saramago e o fotógrafo Sebastião Salgado de um projeto relacionado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). "Como então? Desgarrados da terra? Como assim? Levantados do Chão?", diz a letra da canção Levantados do Chão.


O Ensaio Sobre a Cegueira (1995) é outro destaque da obra de Saramago. O livro foi adaptado para o cinema em 2008 pelo brasileiro Fernando Meirelles, segundo quem Saramago não gostava de falar de literatura. Para ele, haveria assuntos mais importantes a discutir. Casado com a jornalista espanhola Pilar del Rio, Saramago deixa uma filha e dois netos do primeiro casamento.


Algumas das principais obras de Saramago:


Levantado do Chão (1980)
Memorial do Convento (1982)
O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)
História do Cerco de Lisboa (1989)
O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991)
Ensaio sobre a Cegueira (1995)
As Intermitências da Morte (2005)

Fonte: Veja - Celebridades


26 de outubro de 2011

Realismo e Naturalismo




Surgimento: II metade do século XIX


Características do REALISMO:

1) Objetivismo e impessoalidade
2) Busca da verossimilhança: as obras devem dar a impressão de verdade total, isto é, de que constituem um reflexo perfeito da realidade
3) Busca da perfeição formal
4) Pessimismo: os valores burgueses e as crenças religiosas e ideológicas sofrem um processo de completo descrédito
5) Racionalismo - cuja tradução é tanto a análise psicológica como a análise social


Características do NATURALISMO
1) Arte vinculada às novas teorias científicas e ideológicas européias (Evolucionismo, Positivismo, Determinismo, Socialismo, Medicina Experimental). Daí o outro nome do movimento, criado por Zola: romance experimental.
2) Todas as características do Realismo - menos a análise psicológica. Esta é substituída por variações deterministas que transformam os personagens em fantoches de destinos pré-estabelecidos. Segundo Taine, o homem é produto do meio, da raça e do momento histórico em que vive. Pode-se dizer assim que o Naturalismo é o Realismo mais o cientificismo da II metade do século XIX.
3) Cientificismo sociológico e biológico. O sociológico é dado pelo determinismo do meio e do momento. O biológico pelo determinismo de raça e dos temperamentos e caracteres herdados.
4) Personagens patológicos. Para provar suas teses, os escritores naturalistas são obrigados muitas vezes a apresentar protagonistas doentios, criminosos, bêbados, histéricos, maníacos.



O Realismo e Naturalismo no Brasil



As primeiras idéias renovadoras surgem na década de 1870, no Recife, através da ação de Tobias Barreto e Sílvio Romero.
Em 1881 aparecem O mulato, de Aluísio Azevedo e Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Ainda que não sigam de todo os modelos europeus, as obras são respectivamente consideradas as inauguratórias da estética naturalista e realista no país.


O romance realista



MACHADO DE ASSIS



I fase: (Tendências indefinidas, com maior acento romântico)
Ressurreição - A mão e a luva - Helena - Iaiá Garcia

· Tentativa de contrastar caracteres, conforme declaração do autor no prefácio de Ressurreição.
· Certos temas recorrentes na II fase, como a ambição e o egoísmo, já se insinuam nestes romances
· Linguagem carregada de lugares-comuns.


II fase: (Realista, mas de um realismo absolutamente singular, fora dos padrões europeus)

Memórias póstumas de Brás Cubas
Um defunto autor, sem as ilusões e as fraudes interiores dos vivos, narra do túmulo a sua vida pregressa. Num tom irônico, ele vai descobrindo a ausência de grandeza em si e em todas as pessoas. A consciência de que as ações humanas são desencadeadas apenas pelo interesse, pela possibilidade de lucro, pelo egoísmo e pelo instinto sexual, justifica o fim do romance, em que Brás Cubas mede sua vida e conclui que ganhara: "Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria".

Curioso é o personagem Quincas Borba, amigo do personagem-narrador, filósofo de duvidosa sanidade mental, criador da teoria do Humanitas que, sendo uma sátira contra todas as filosofias, é também a tradução da corrosiva visão de mundo do próprio Machado de Assis.

Quincas Borba
O modesto professor Rubião recebe em Barbacena grande herança do falecido filósofo Quincas Borba, com a condição de cuidar do seu cachorro, também chamado Quincas Borba.
Rubião abandona a província, mudando-se para o Rio de Janeiro, onde é enganado e explorado por um bando de parasitas, especificamente por um ambicioso casal: Sofia e Palha. Sofia percebe a paixão do professor por ela e se diverte com sua ingenuidade. Palha monta um negócio de exportação com o professor, o qual entra com todos os recursos financeiros para o empreendimento.
Rubião, consciência estreita em demasia para a complexidade psicológica e social, nada entende. E acaba enlouquecendo. Dissipa, então, a sua fortuna inteiramente. Palha desmancha a sociedade, ficando com o negócio e Rubião é despachado de volta para Barbacena, em companhia do cachorro Quincas Borba. Lá morre na maior miséria.

Dom Casmurro
Bento Santiago tenta recompor o passado através da memória, e recorda o amor adolescente por Capitu (a de "olhos oblíquos e dissimulados", "olhos de cigana", "olhos de ressaca"). Boa parte da memória de Bentinho concentra-se na adolescência dos personagens, na poesia da primeira paixão, no compromisso de casamento e em seu ingresso forçado no seminário, promessa carola de sua mãe. Depois, as ações ocorrem velozes: a amizade com Escobar, o abandono do seminário, o tão desejado casamento com Capitu, o enlace de Escobar com Sancha, a amizade dos casais, o nascimento de Ezequiel, filho do personagem-narrador, a felicidade.
Escobar morre no mar e Capitu sofre tanto que Bentinho desconfia. Uma desconfiança que aumentará dia após dia, uma dialética de suspeitas e ciúmes: Bento vê no filho, Ezequiel os traços fisionômicos de Escobar. O casamento se corrói pela traição (concreta?, real?) de Capitu, que parte para a Europa com o filho, impelida pelo marido que já não os aceita. Anos depois, Capitu morre, Ezequiel retorna para o Brasil (segundo o narrador, cada vez mais parecido com Escobar), vai para a África e lá também morre. O processo de desagregação de Bentinho estava concluído, restando-lhe enfrentar a solidão definitiva.

Esaú e Jacó
Quando o Conselheiro Aires morre, encontra-se em seus papéis a narrativa em questão. É a história de dois gêmeos, Pedro e Paulo, que já brigavam no ventre da mãe e que seguem adversários na infância e na vida adulta e na maturidade. Um se forma médico, outro advogado, um ingressa no partido conservador, outro no partido liberal. Um é monarquista, outro vira republicano. Ambos, no entanto, se apaixonam pela mesma moça, Flora. Esta oscila entre os gêmeos e termina morrendo sem optar por nenhum. Pedro e Paulo reconciliam-se e prometem amizade fraternal para o resto da vida, mas em seguidas rompem outra vez e seguem se odiando mutuamente.
O romance é muito lembrado por ser o único, na obra machadiana, em que fatos históricos (a Abolição e a República) têm importância no entrecho. Nos vestibulares aparece com freqüência o irônico episódio do cap. XLIX - Tabuleta velha - em que um dono de confeitaria, Custódio, em meio à confusão histórica (fim do Império, início da República) não sabe como designar a sua casa de negócios.

Memorial de Aires
O mesmo Conselheiro Aires, diplomata aposentado, escreve o seu diário cheio de finas observações sobre a vida, num tom discreto e levemente nostálgico, abrandando aquele pessimismo dos relatos anteriores de Machado de Assis. (No mundo ficcional, as memórias do conselheiro são anteriores ao romance Esaú e Jacó, do qual ele também é o narrador).
O conselheiro acompanha com interesse humano (talvez amoroso) a jovem viúva Fidélia, praticamente adotada por um casal de velhos sem filhos, Dona Carmo e Aguiar. Estes tinham experimentando uma grande decepção quando um rapaz a quem se afeiçoaram, como se fosse seu filho verdadeiro, Tristão, mudara-se para Lisboa com o fim de freqüentar a escola de medicina. Tristão retorna e acaba se casando com Fidélia. Em seguida, para tristeza dos velhos, o jovem casal viaja para Europa. O romance termina com o Conselheiro Aires acompanhando com discreta piedade a solidão do casal Aguiar e Carmo, no qual muito críticos viram as figuras de Machado e de sua esposa, Carolina.


Os temas principais:


1 - O adultério: Motivo central de Dom Casmurro e de uma série de contos, além de ser motivo importante de Memórias póstumas de Brás Cubas e Quincas Borba.

2 - O parasitismo social: Reflexo de uma sociedade erigida sobre o trabalho do escravo. Parasitas são quase todos os personagens de Machado, principalmente em Quincas Borba.

3 - A confusão entre a razão e a loucura: As fronteiras estabelecidas entre a razão e a insanidade são vagas e incertas. No conto O alienista desenvolve-se uma ironia feroz contra as certezas cientificistas do século XIX.

4 - O egoísmo, a vaidade, o interesse: Sem estes elementos nada ocorreria nos romances e contos de Machado de Assis. Os personagens movem-se por orgulho ou cobiça, e os que vivem por motivos mais nobres, em geral, são os enganados, os vencidos.

5 - A impossibilidade de ação com grandeza: Se acompanharmos Brás Cubas, Bentinho e o mesmo Rubião, veremos apenas o inventário de mesquinharias e atitudes hipócritas que satisfazem a moral das aparências.

6 - A hipocrisia: Relaciona-se com aspecto do duplo comportamento humano. Intimamente, os seres possuem determinadas facetas, idéias, sentimentos, mas, para satisfazer as exigências sociais, dissimulam, falsificam a sua identidade. Trata-se de um universo de véus e máscaras. Há uma alma interior e uma alma exterior: este é o tema do conto O espelho. Às vezes, a aparência e a verdade se confundem tanto que os indivíduos tomam uma pela outra: Capitu aparenta trair, Bentinho a julga traidora.

7 - A ambigüidade feminina: As mulheres no regime patriarcalista, inferiorizadas socialmente, são impelidas a aprender regras de dissimulação e de sedução, e se servem delas como armas. Muitas vezes, são elas que conduzem os homens desencadeando crises e problemas. Sofia, Capitu, Virgília e dona Conceição - esta última do conto Missa do galo - exemplificam este tipo de mulher.

8- O instinto e o subconsciente como móveis dos atos humanos.


Fonte: Mundo Vestubular

20 de outubro de 2011

"Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois
Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois
Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois
Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois."


(Mario Quintana)



15 de outubro de 2011

O professor está sempre errado

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!


É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.

Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.

Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

Esta é para ser repassada mesmo.
 
 
Jô Soares
 
 

Día de los profe



12 de outubro de 2011

Infância nos anos 90

No dia das crianças, é bom fazer uma retrospectiva da década em que vivi a minha infância - os anos 90.







Feliz dia pra quem ainda não deixou a sua criança interna morrer.



Natassia