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16 de dezembro de 2010

Gael García Bernal fala sobre o filme "También la Lluvia"

Gael García Bernal nas gravações do filme
Ator mexicano integra o elenco do longa que mostra o "lado B" de Cristóvão Colombo



Obra que mostra o "lado B" de Cristóvão Colombo, También la Lluvia, do espanhol Icíar Bollaín e com Gael García Bernal no elenco, tentará conquistar o Oscar 2011 de Melhor Filme Estrangeiro.


O longa-metragem, escrito pelo habitual roteirista de Ken Loach, Paul Laverty, e que representa a Espanha em uma vaga no célebre prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, revisa a figura de Colombo não como empreendedor e conquistador, mas como cruel governador e pioneiro da exploração do ouro na América.

Após apresentação da obra em Madri, na Espanha, o astro mexicano falou com a agência Efe sobre o trabalho.
- Talvez para os espanhóis seja uma surpresa, mas para a América Latina não é nada novo, é de onde viemos. Este Novo Mundo surgiu de uma violência tremenda e de uma ambição desmedida que desembocou no que é agora.
También la lluvia faz crônica com a chegada de Colombo à América através da filmagem iniciada por um diretor idealista (interpretado por Gael) e seu cínico companheiro, o produtor vivido pelo ator espanhol Luis Tosar.

Em sua chegada a uma Bolívia em plena Guerra da Água, em Cochabamba, os padrões de comportamento são retomados 500 anos depois de 1492.

- Este filme causará certa mobilização de velhos fantasmas históricos que de alguma maneira permeiam a linguagem e a semântica atuais. É um pouco estranho. Descobriram? Descobrimos? Nos descobriram? Fomos descobertos? É uma espécie de jogo meio perverso isto de se colocar de um lado ou de outro. Os países latino-americanos são um capricho colonial que pouco a pouco adquiriram uma certa identidade. Nós passamos a reconhecer não só o indígena que levamos dentro de nós, mas também o africano e o espanhol, o branco, o europeu.

Bernal garante que já explorou esse pluralismo ao rodar na Espanha Má Educação, de Pedro Almodóvar, e Sem Notícias de Deus, de Agustín Díaz-Yanes, e na França, e em inglês, Sonhando Acordado, de Michel Gondry.


- Deve ser sempre assim. Uma mistura de fluidos, uma mescla tremenda no cinema. É um sinal claro de que todos somos interdependentes. O cinema é cinema e depois tem a nacionalidade.

As próximas aparições do ator nas telonas será em A Little Bit of Heaven, com Kate Hudson e Kathy Bates; na comédia Casa de Mi Padre, em que contracenará com seu amigo Diego Luna e também poderá ser visto em Hands of Stone junto de Al Pacino.


"Copyright Efe - Todos os direitos de reprodução e representação são reservados para a Agência Efe."




Notícia retirada do Portal R7 - Cinema (16.12.10)
 
 
 
Natassia

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